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Preços na China caíram pela primeira vez desde 2009

O principal indicador de inflação na China é o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que teve uma contração de 0,5% em novembro. Ele viu seu primeiro declínio desde outubro de 2009, de acordo com dados oficiais publicados nessa quarta-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas chinês.

Em outubro, esse indicador havia registrado seu avanço desde aquele mês, há onze anos. A contração foi devida, principalmente, à queda nos preços da carne suína ocorrida pela primeira vez após 19 meses de aumentos.

A carne de porco é uma das carnes favoritas dos consumidores chineses. Em meados de 2018, a epidemia de gripe suína causou a morte de dezenas de milhões de suínos na China. Isso resultou em graves problemas de produção, com uma perdida de cerca de 60% de suas porcas de criação no segundo semestre de 2019, ocasionando a queda da produção para o menor nível em 16 anos.

A primeira queda foi de 2,8% em relação ao ano anterior. Em novembro, a queda foi muito maior, chegando a 12,5%. A recuperação do rebanho de suínos na China após a epidemia causou uma tremenda volatilidade nos preços da carne.

No entanto, os preços da carne suína foram valorizados em 25,5% em setembro e 52,6% em agosto.

No geral, os preços dos alimentos caíram 2% em novembro, depois de subir 2,2% em outubro, representando o primeiro declínio desde janeiro de 2018. Enquanto isso, os preços de outros tipos de produtos também incluídos no IPC caíram 0,1%.

O Escritório Nacional de Estatísticas também divulgou hoje o Índice de Preços ao Produtor. Trata-se de uma medida da inflação no atacado, que marcou sua menor queda desde março, caindo 1,5% em novembro.

Em comparação com o mês anterior, os preços no atacado subiram 0,5%, o que representa um retorno à expansão mês a mês após não registrar nenhuma variação em outubro.

Biden não retirará imediatamente tarifas sobre a China

O presidente eleito, Joe Biden, afirmou que manteria o acordo comercial de primeira fase com a China enquanto conduze uma revisão completa da política dos EUA em relação ao país asiático.

Biden disse que não cancelaria imediatamente o acordo comercial que o presidente Donald Trump fez com a China no início deste ano, agindo igual quanto às tarifas. Ele assegurou que primeiro realizaria uma revisão completa do acordo de primeira fase e, em seguida, consultaria os aliados do país na Ásia e na Europa para desenvolver uma estratégia coerente.

Biden apontou que a melhor estratégia quanto a China é colocar todos os aliados na mesma página, e ainda afirmou essa será uma prioridade nas suas primeiras semanas de presidência.



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