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Preços do gás natural nos EUA permanecem baixos

Os contratos futuros de gás natural dos EUA estavam sendo negociados a cerca de US$ 3,7/MMBtu após cair para US$ 3,4 durante a sessão anterior, o menor nível desde junho de 2021.

Vale ressaltar que devido à demanda mais fraca e à medida que a produção de gás está mais uma vez se aproximando de níveis recordes, os preços do gás natural nos EUA caíram mais de 10% desde o início de 2023. Dessa forma, marcou o pior início de ano até agora.

Além disso, a instalação de exportação Texas Freeport LNG, que teve que fechar em junho devido a um incêndio, adiou seu retorno para a segunda quinzena de janeiro, aumentando a oferta no mercado doméstico.

No entanto, os traders estão preocupados com o fato de a instalação não voltar a funcionar até o primeiro ou segundo trimestre, pois, mais trabalho precisará ser feito para satisfazer os reguladores federais.

Enquanto isso, é improvável que alguém queira desenvolver terminais de exportação, mesmo que as exportações de GNL sejam permitidas. Vale notar que apenas nos últimos dez anos, somente a Shell/TransCanada tentou obter licenças para uma instalação de importação de GNL na costa de Nova York durante cinco anos com um investimento de US$ 27 milhões. 

Porém, eles foram completamente mal sucedidos e não tiveram resultados para mostrar por seus esforços. Além disso, na época, previa-se que o projeto reduziria os preços da energia ao consumidor nos Estados Unidos, mas o NIMBYismo impediu que isso acontecesse.

Mais sobre o gás natural dos EUA

Atualmente, existem 13 terminais de importação de GNL, mas nenhum de exportação nos EUA. 

Com esse cenário, levaria de 5 a 10 anos antes que o primeiro pé cúbico de gás fosse liquefeito se todas as grandes empresas petrolíferas e operadoras de oleodutos começassem a construção de um terminal de exportação hoje. Além do mais, a essa altura, a economia do mercado poderia ser totalmente diferente e todos esses terminais de importação seriam obsoletos em menos de dez anos.

Vale observar que o fato de a maioria dos poços de petróleo também gerarem gás é um fator adicional que influencia o preço. No entanto, significa que um aumento na oferta de petróleo deve necessariamente resultar em uma diminuição na oferta de gás. 

O ponto chave é que vários elementos trabalham juntos para manter os custos do gás mais baixos do que os preços do petróleo. Embora existam muitos outros desafios relacionados ao armazenamento, transporte e demanda sazonal.

Além disso, os EUA se opuseram ao gasoduto Nord Stream 2, principalmente porque permitiria à Gazprom fornecer mais gás natural à Europa sem passar pela Ucrânia. Porém, a maioria dos outros oleodutos já está operando nos limites de capacidade durante o pico de demanda do inverno e podem prejudicar significativamente a concorrência dos EUA, se assim o desejarem.



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