Preços do petróleo enfraquecem em meio à incerteza comercial

Os preços do petróleo reduziram os ganhos na terça-feira em meio à incerteza com a fase um do acordo comercial entre os EUA e a China anunciada por Washington na semana passada.

Os contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA estavam em baixa de 0,2% para US$ 60,02 por barril. Enquanto os contratos futuros do petróleo Brent de referência internacional caíram 0,2% para US$ 65,16 por barril.

O progresso no comércio tem a capacidade de apoiar a demanda de petróleo. Mas os mercados estão avaliando ainda as vantagens do acordo, segundo o analista Phil Flynn.

Este mês o mercado de commodities de energia recebeu apoio dos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) de cortar tanto quanto 2,1 milhões de barris, ou 2,1% por dia dos fornecimentos mundiais no primeiro trimestre de 2020.

O WTI subiu 9% até agora em dezembro, à caminho do seu mês mais forte desde junho, enquanto o Brent operou em alta de 4% no mês e 22% para o ano.

Em outros lugares, os metais preciosos, incluindo o ouro e a prata negociaram de forma otimista, com os futuros do ouro ganhando 0,1% para US$ 1.481,95 por onça.

A prata subiu 0,06% para US$ 17,10 por onça, mas por fim diminuiu 0,03%.

O banco de investimento canadense declarou que o ouro está se mantendo forte, apesar do fato de que eles já eliminaram os piores cenários em apenas algumas semanas.

Ceticismo com a fase um do acordo comercial  

Enquanto os mercados de ações registraram máximas recordes pela terceira sessão consecutiva e o conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow declarou que a fase um do acordo comercial está totalmente finalizada, alguns analistas continuavam céticos sobre o comportamento mais cauteloso de Pequim sobre o acordo desde sexta-feira.

As reportagens dos meios de comunicação apontaram que a demanda de aproximadamente US$ 50 bilhões do valor das compras agrícolas anuais tem sido um problema para a China.

O país poderia simplesmente adquirir os grãos e estocá-los do Brasil e de outros lugares por preços melhores e por um valor preciso sem precisar de promessas, de acordo com fontes.

Os detalhes em torno da data da fase dois dos discursões continuaram desconhecidos também.

As autoridades chinesas disseram que os termos da fase um do acordo comercial, a ser assinado nos próximos seis meses, continuam um assunto delicado.

Os dois países gostariam de garantir que as expressões usadas no texto não iram alimentar as tensões mais uma vez e que não iriam intensificar o conflito, de acordo com o relatório.

A segunda fase das negociações começaria muito em breve, de acordo com Kudlow, embora ele não tenha especificado a data.

A fase dois e seus resultados dependerão de alguma maneira do sucesso da fase um. As duas fases vão estar conectadas, Kudlow disse.