Preços do petróleo subiram pelo terceiro dia consecutivo 

Os preços do petróleo aumentaram pelo terceiro dia em 3 de junho. Isso foi devido às expectativas de aumento na demanda de combustível ainda este ano. A expectativa se deu principalmente nos Estados Unidos, Europa e China. Enquanto isso, os principais produtores estão mantendo o abastecimento. 

Os futuros do petróleo Brent subiram 40 centavos, o que equivale a 0,6%, e fecharam em US$ 71,75 o barril. Anteriormente, havia atingido o valor mais alto desde setembro de 2019. Além disso, o benchmark internacional aumentou 1,6% na quarta-feira. 

Os futuros do petróleo bruto dos EUA West Texas Intermediate (WTI) subiram 34 centavos, ou 0,5%, para US$ 69,17 o barril. Os preços anteriormente subiram para US$ 69,40. Valor é o maior desde outubro de 2018, após alta de 1,5% na sessão anterior. 

Há um consenso entre analistas de mercado, incluindo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, chamados OPEP+. Desse modo, o consenso é que a demanda de petróleo ultrapassará a oferta no segundo semestre de 2021. Como resultado, isso impulsionará a recente corrida nas taxas. 

Dados da OPEP+ revelam que até o final do ano, a demanda será de 99,8 milhões de barris por dia contra oferta de 97,5 milhões de BPD. 

Demanda de petróleo pode se recuperar liderada pelos EUA, Europa e China 

Enquanto isso, esse reequilíbrio será liderado pelo ressurgimento da demanda nos EUA. O país é o maior consumidor de petróleo do mundo, pelo consumo de veículos neste verão. Também será liderado pela crescente necessidade de combustível na China, o segundo maior consumidor de petróleo do mundo. Além do Reino Unido, à medida que sai de seus confinamentos por causa do coronavírus. 

De acordo com o analista de commodities da BA, Vivek Dhar, a temporada de condução dos EUA mostra um consumo de combustível maior do que o normal. Por outra parte, o trânsito do Reino Unido está agora acima dos níveis pré-pandêmicos. Ele acrescentou que provavelmente veremos uma recuperação da demanda de petróleo liderada pelos EUA, Europa e China. 

Com base em duas fontes do mercado, os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram mais de 5 milhões de barris na semana passada. Isso a partir dos números do American Petroleum Institute, na quarta-feira. 

Por sua vez, a OPEP+ concordou em 2 de junho em continuar com os planos de reduzir as restrições ao fornecimento até julho. 

A reunião da OPEP+ durou 20 minutos, sugerindo forte adesão entre os membros. Bem como a convicção de que a demanda vai se recuperar assim que a pandemia do coronavírus mostrar sinais de diminuir.