Perspectiva do mercado de petróleo para esta semana

Os preços futuros do crude WTI e Brent terminaram de forma desigual na semana passada. A razão foi que o aumento recente estava ficando sem impulso devido a preocupações com o efeito negativo do coronavírus sobre a demanda e a desaceleração da economia dos EUA.

Essa notícia foi pessimista o suficiente para encorajar investidores a aliviar suas posições longas. Analistas acham que podemos chegar perto de ver uma correção no curto prazo. Em contrapartida, investidores de longo prazo não estão excessivamente preocupados. Eles esperam que os cortes voluntários de produção anunciados pela Arábia Saudita forneçam apoio mais do que suficiente ao mercado.

Na semana passada, o petróleo bruto WTI ganhou US$ 0,16 ou +0,31% durante a entrega de março e estabeleceu-se em US$ 52,42. Em março, o Brent crude caiu US$ 0,89, ou -1,62%, e fechou a US$ 55,10.

Governo dos EUA relata declínio da reserva

Segundo a Administração de Informação sobre Energia (EIA), o mercado foi apoiado por outra queda nas reservas de petróleo bruto nos Estados Unidos. Assim, as reservas caíram 3,2 milhões de barris na semana encerrada em 8 de janeiro, atingindo 482,2 milhões de barris. Por outro lado, as reservas de gasolina dos EUA aumentaram 4,4 milhões de barris durante a semana, para 245,5 milhões de barris. No caso das reservas de destilados, houve um aumento de 4,8 milhões de barris ao longo da semana, em comparação com as projeções de um aumento de 2,7 milhões de barris.

A EIA também disse que o processamento do petróleo bruto nas refinarias aumentou em 274.000 barris por dia na última semana. A taxa de utilização aumentou 1,3%, totalizando em 82% de sua capacidade e, consequentemente, atingindo seu nível mais alto desde agosto.

Recuperação dos EUA enfraquece

Na quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou um relatório mostrando que o número de americanos que solicitaram seguro-desemprego pela primeira vez na semana passada aumentou mais do que o esperado. Com isso, foi destacado o impacto negativo do ressurgimento dos casos de COVID-19.

Além disso, o Departamento de Comércio informou na sexta-feira que as vendas no varejo caíram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, em um contexto de perdas de empregos e aumento das restrições para impedir a propagação do coronavírus. Isso representa mais evidências de que a economia estava enfraquecendo no final de 2020.

No final da semana passada, o dólar americano e as preocupações com o aumento dos casos de coronavírus na China dominaram os preços do petróleo bruto. Esta semana, analistas esperam mais do mesmo, visto que o enfraquecimento da economia dos EUA está previsto para continuar. Assim, enviando investidores na direção da segurança oferecida pelo dólar americano. Uma vez que o petróleo bruto é denominado em dólares americanos, espera-se uma queda na demanda externa, resultando em uma tendência de queda dos preços.

Quanto à China, analistas acham que poderemos obter muitas informações sobre a situação da pandemia de COVID-19 em breve. O feriado de Ano Novo Chinês está se aproximando, e veremos quais restrições o país impõe e em quais cidades serão permitidas viagens.