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O papel da Platina no desenvolvimento de rins artificiais

A doença renal pode ser uma condição médica grave que afeta 10% da população mundial. 37 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de doença renal crônica apenas nos Estados Unidos. Isso de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças. Cerca de 700.000 pessoas por ano desenvolvem doença renal em estágio terminal, que requer diálise ou, como último recurso, um transplante de rim. Na Espanha, a Doença Renal Crônica continua a crescer nos últimos anos. Atingiu mais de 7 milhões de pacientes. Destes, mais de 60.000 estão em tratamento de substituição renal.

O World Platinum Invest Council relata que pesquisadores de engenharia química desenvolveram recentemente um dispositivo nos Estados Unidos que simula as funções de filtragem de sangue e transporte de íons do rim humano. A tecnologia pode mudar as opções de tratamento para pessoas em fase final de doença renal. Isso se deve às contribuições de metais preciosos, como a platina.

Seu trabalho envolve a criação de um néfron sintético. Esta é a estrutura em um rim que regula a química sanguínea filtrando sangue para dispersar nutrientes, incluindo íons. Quimicamente, os íons são derivados de eletrólitos como sódio e potássio. O equilíbrio eletrólito em nossos corpos é essencial para o funcionamento normal de nossas células e órgãos.

Para simular o processo de filtragem, os pesquisadores aplicaram uma malha porosa feita de platina para criar um “wafer” que usa um campo elétrico para forçar íons através das membranas. A malha de platina serve como um eletrodo quando uma tensão é aplicada. O eletrodo de malha permite o controle independente das câmaras de transporte dentro do dispositivo, o que permitirá aos pesquisadores selecionar diferentes íons e ajustar as taxas de transporte de forma independente, imitando com sucesso o controle específico do transporte de íons pelo rim.

 

A Platina tem aplicações únicas na medicina graças à sua condutividade elétrica, ductilidade e biocompatibilidade

A platina é o metal ideal para muitos componentes e dispositivos médicos, incluindo marcapassos e implantes cocleares, devido às suas propriedades físicas e químicas únicas. É um excelente condutor elétrico e, devido à sua pureza, também é altamente biocompatível. Isso significa que o corpo humano tolera bem a platina e é improvável que cause uma reação alérgica. Além disso, a platina é inerte e não corrói o corpo.

As tentativas de fazer um rim artificial não foram bem-sucedidas no passado. É uma área desafiadora e complexa da medicina, já que cada rim tem mais de um milhão de néfrons. No entanto, o último avanço é significativo. Pela primeira vez, cria nanoestruturas que filtram o sangue de forma semelhante aos néfrons biológicos.

Os pesquisadores acreditam que sua descoberta pode ter o potencial de funcionar como um dispositivo autônomo ou em conjunto com a diálise, com pequenas modificações que permitem que ele funcione como um rim artificial.



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