O estoque de porcas reprodutoras da China está aumentando lentamente

O estoque de porcas reprodutoras da China aumentou enquanto a taxa de corte do grupo dos maiores produtores de carne suína do mundo diminuiu pela primeira vez em um ano.

O estoque de porcas reprodutoras na China subiu 0,6% em outubro para o primeiro aumento mensal desde abril de 2018, mostraram dados oficiais. Ele sinalizou que a produção suína em breve poderá começar a se recuperar após uma epidemia devastadora da ASF, de acordo com a Reuters.

O rebanho de porcos caiu 0,6% em outubro, passando de uma queda de 3% no mês passado, informou a Reuters. Essa é a menor contração mensal em um ano.

No entanto, sem uma vacina eficaz, será um desafio para a China substituir rapidamente os 55% do rebanho que perdeu para a ASF. Além disso, as perdas de rebanho em outras partes da Ásia podem ter dificuldade em se recuperar.

O analista sênior do Rabobank disse que estão em andamento os esforços para expandir a produção, especialmente nas maiores operações da China, pois oferecem melhores controles de biossegurança. O repovoamento bem-sucedido de grandes transações comerciais pode estabilizar as perdas de mercado em 2020. Por outro lado, uma recuperação completa pode levar anos. O Rabobank espera uma recuperação na produção a partir de 2021.

Enquanto a China se prepara para entrar no seu período de pico na demanda de porco, os maiores fornecimentos provavelmente serão direcionados para as regiões de maior consumo. Isto poderá aumentar o risco da ASF se espalhar mundialmente.

A China lançou um sistema de recompensa, oferecendo aos que fizerem as denúncias até 10.000 por reportar violações na prevenção e controle da doença.

Em novembro, a China começou a fechar alguns dos pequenos abatedouros do país. Isto para melhor prevenção e controle do vírus ASF sendo disseminado na região.

Commodities: Impacto da ASF no Mercado Global  

Enquanto a ASF se espalha para além das fronteiras da China e Ásia, as implicações globais do que está acontecendo com os suínos está se tornando mais evidente. Por outro lado, o Rabobank diz que os problemas com o porco estão sendo ainda subestimados. Os analistas do Rabobank preveem que o déficit do rebanho da China atingirá 55% até o final de 2019.

A ASF é o evento mais importante ocorrido na proteína animal este ano, e terá implicações nos anos que virão.

Embora o déficit de rebanho da China seja de 50% para o ano nos primeiros oito meses de 2019, a ASF espera ter ainda um impacto negativo. Entretanto, o ritmo provavelmente irá desacelerar devido às medidas de controle do governo e os números reduzidos de fazendas.

O Rabobank disse que eles esperam que a produção da carne de porco da China irá cair 25% em 2019. A escala de diminuição esperada na China é imprevisível e poderá levar à uma produção ainda menor nos próximos seis meses de 2020. Isto terá efeitos que irão persistir até nos próximos anos.

À medida que a contagem de países infectados aumenta, pelo menos 75% dos porcos do mundo estão em risco de ASF. Quanto mais nações reportarem aumento repentino de ASF, mais recursos possíveis poderão levar a ASF para a China e outros países por avião.

A propagação da ASH na Ásia mostra quão crítico é o movimento transfronteiriço de porcos em outros países. É uma preocupação da perspectiva de que há várias entradas possíveis nas fronteiras não apenas nos EUA.

O Sudeste da Ásia tem sido um ambiente propício à exposição recentemente, de acordo com McCracken. O Vietnã tem ASF em todas as províncias. A situação do Vietnã está sendo agravada por algumas outras doenças.

A ASF representa um desafio significante e crescente para a proteína animal na Ásia. Em muitos países asiáticos o porco é a proteína escolhida para proporcionar mudanças duradouras. A disponibilidade do porco está diminuindo lentamente enquanto a ASF se espalha na Ásia.