Não é apenas a Evergrande que preocupa a economia da China

Uma das maiores incorporadoras imobiliárias da China, a Evergrande, está caminhando para a falência com US$300 bilhões em dívidas. Isso gerou temores de uma crise financeira ou de um colapso imobiliário mais abrangente.

Porém, esta não é a única crise que afeta o governo de Xi Jinping. A falta de eletricidade, por exemplo, pode ameaçar a economia e desacelerar a fabricação. No ano passado, o governo fez campanha para controlar as empresas de internet da China. Isso resultou na geração de centenas de bilhões de dólares em perdas para investidores.

As políticas governamentais desencadearam esses problemas, mas Pequim acredita que elas resolverão os problemas estruturais da economia e produzirão bases mais estáveis ​​para o crescimento futuro. Muitos recursos sinalizam o provável fim do boom econômico da China. 

Além disso, o crescimento econômico do último trimestre apresentou aumento de apenas 0,3% em relação ao trimestre anterior. Os especialistas prevêem que os próximos meses permanecerão mais inflexíveis. O crescimento mais lento da economia chinesa é uma notícia indesejável para uma economia global, que luta para se recuperar de problemas causados pela pandemia. Todavia, nos próximos anos, a China pode retomar o ímpeto devido ao trabalho duro. 

Visão geral

No momento, o problema mais significativo é o colapso da Evergrande. Pois, ele depende de duas fontes de financiamento essenciais, como a maioria das incorporadoras imobiliárias chinesas. Essas fontes são depósitos que os compradores de imóveis pagam antes da construção. 

De acordo com o Banco de Compensações Internacionais (BIS), o nível de dívida bruta da China dobrou desde 2008, chegando a 290% do PIB. Esse nível é alto para os países de renda média em comparação com os países ricos com políticas financeiras bem desenvolvidas. As autoridades chinesas sabem que, para evitar uma crise financeira no futuro, devem depender menos de dívidas.