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A moeda comum atingiu uma alta na segunda-feira

O euro disparou para uma alta de nove meses contra o dólar na segunda-feira. Vale ressaltar que na Europa, alguns relatórios sugeriram aumentos adicionais nas taxas de juros e esta notícia contrastou com os preços de mercado para a postura menos agressiva do Federal Reserve dos EUA. 

Dessa maneira, a moeda comum saltou para US$ 1,0927 hoje, superando seu pico de US$ 1,08875 e chegando a seu nível mais alto desde abril do ano passado. 

Enquanto isso, os membros do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Peter Kazimir e Klaas Knot, apoiaram mais dois aumentos de 50 pontos-base em reuniões em fevereiro e março. 

Vale ressaltar que a decisão deles também reforçou a moeda comum. Além disso, os analistas esperam esses aumentos de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões do BCE, juntamente com um eventual pico de taxa de 3,25%. A alíquota atual é de 2%.

Ao mesmo tempo, a chefe de estratégia cambial do Rabobank, Jane Foley, observou que os investidores também se sentiram otimistas sobre uma possível recessão em meio a uma queda nos preços do gás natural. Foley acredita que o aumento da confiança sobre as perspectivas econômicas, ou pelo menos a remoção de algum pessimismo, faz parte da história da moeda única. Além do mais, parece que o Banco Central aumentará as taxas de juros de forma bastante agressiva.

Por outro lado, os traders acham que quase não há chance de o Fed avançar 50 pontos-base no próximo mês. No entanto, novas pesquisas sobre os relatórios de atividade econômica de janeiro, previstos para esta semana, prevêem que os dados mostrarão mais melhorias na zona do euro em meio à queda nos custos de energia do que nos Estados Unidos.

O que pensam outros analistas? 

Ray Attrill, chefe de estratégia FX da NAB, afirmou que, se as pesquisas mais recentes do Índice de Gerentes de Compras (PMI, sigla em inglês) estiverem corretas, os Estados Unidos perderam sua posição de liderança em crescimento global. 

Além disso, os investidores esperam que a inflação nos EUA caia mais rápido do que as projeções do Federal Reserve indicam. Nesse cenário, o dólar pode cair muito mais em 2023.

Na segunda-feira, o índice do dólar permaneceu estável em 109,96 contra uma cesta de moedas e foi ligeiramente superior à baixa de oito meses de 101,510. No entanto, o dólar subiu em relação ao iene japonês

Enquanto isso, o Banco do Japão (BOJ) desafiou a pressão do mercado novamente e manteve sua política de controle de títulos ultra fácil em sua reunião na semana passada.

Dessa forma, os economistas esperam que o BOJ mantenha a linha até a próxima reunião de política monetária, marcada para março. Porém, o banco nomeará um novo governador do BOJ em fevereiro, e algumas mudanças podem ocorrer depois que o novo governador assumir o cargo. 

Assim, o dólar chegou em uma alta de 0,6%, para 130,345 ienes, após as fortes flutuações da semana passada entre as faixas de 127,22 e 131,58.

Ao mesmo tempo, o dólar canadense subiu ligeiramente para US$ 1,3354 por dólar e os investidores estão aguardando uma decisão sobre a taxa de juros do Banco do Canadá na quarta-feira. Já os participantes do mercado esperam um aumento de um quarto de ponto para 4,5% do banco.

Na Europa, a libra subiu para US$ 1,24475, atingindo seu ponto mais alto em sete meses. No entanto, a moeda caiu 0,3% para US$ 1,2355 no final da sessão.

Moedas emergentes 

As moedas dos mercados emergentes foram silenciadas hoje, enquanto as ações dispararam. 

Vale ressaltar que os mercados financeiros da China permaneceram fechados por uma semana enquanto o país comemora o feriado do Ano Novo Lunar. Ao mesmo tempo, a lira da Turquia despencou 0,2% depois que o presidente Tayyip Erdogan confirmou rumores sobre eleições antecipadas que serão em 14 de maio, um mês antes do previsto.

Além disso, na segunda-feira, o índice MSCI para moedas de mercados emergentes negociou estável e as ações regionais subiram 0,2%, atingindo seu ponto mais alto em mais de sete meses. 

Por outro lado, as moedas dos mercados emergentes quebraram sua sequência de quatro semanas de vitórias na semana passada devido a preocupações renovadas sobre o crescimento global depois que os dados econômicos dos EUA foram fracos.

Enquanto isso, a concessionária de energia Eskom da África do Sul decidiu estender os cortes programados de eletricidade, o que é um grande freio ao crescimento econômico, preocupando os investidores.

Apesar disso, os 40 principais índices da África do Sul saltaram 1,3%, ampliando os ganhos após dispararem para um recorde na sessão anterior.

Na segunda-feira, o rublo da Rússia atingiu uma alta de quase uma semana em relação ao dólar.

Por outro lado, o xelim do Quênia caiu para um novo recorde de baixa devido ao aumento da demanda por dólares americanos do setor de energia e importadores de bens em geral. Assim como, o rand sul-africano que caiu 0,4% em relação ao dólar. 



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