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Mercados “estremecem” com o conflito entre os EUA e China

Anwar Gargash é o ministro de estado para as relações exteriores do país do Golfo.

Ele disse que a competição entre os dois gigantes continuaria natural até um certo ponto. Entretanto, eles desejam que sua rivalidade não estremeça o que já é um sistema internacional fraco.

As conversas, a economia global, a geopolítica se distanciando e o combate ao coronavírus tomaram espaço em detrimento das tensões em curso entre as duas superpotências.

O governo de Trump tem culpado a China pela propagação do coronavírus, o que a China negou veemente.

A eleição presidencial dos EUA em novembro está se aproximando e a retórica contra a China está se intensificando em Washington. O acordo comercial meticulosamente negociado entre os EUA e a China não se sabe se será colocado em prática.

Na segunda-feira, os futuros dos EUA caíram em resposta à uma reportagem da Fox News que copiou uma fala de Peter Navarro, o conselheiro comercial da Casa Branca, dizendo que o acordo comercial com a China estava encerrado.

Entretanto, Peter Navarro negou ter feito tal declaração, dizendo que suas palavras foram pegas fora de contexto. Ele acrescentou que o acordo de fase um continua intacto. Os mercados acumularam perdas após esta notícia.

Ele explicou que ele estava falando sobre a falta de confiança atual com o Partido Comunista da China após eles terem mentido sobre a origem do coronavírus e terem introduzido uma pandemia ao redor do mundo. Sua declaração sinalizava que o acordo comercial ainda estava intacto mais que a confiança foi quebrada.

Na segunda-feira Trump escreveu em um Twitter, “O Acordo Comercial com a China está totalmente intacto. Felizmente, eles continuarão a cumprir os termos do Acordo!”

 

Relações fortes dos UAE com os EUA e a China

O estado delicado das relações entre os EUA e a China continuam a preocupar os UAE, que tem relações fortes com ambos os países. O UAE tinha uma aliança militar e diplomática antiga com os EUA e tem aumentado as relações econômicas com a China, que se tornou o maior investidor do mundo no Oriente Médio em 2016.

O comércio entre os EUA e a China é vital para a economia mundial, desde as cadeias de suprimentos internacionais e o crescimento econômico até o custo de produtos essenciais.

Gargash disse que a preocupação dos UAE com seus confrontos hostis era uma preocupação mundial. Quase todo mundo tem investimento e relações financeiras e comerciais com a China.

Muitos países ao redor do mundo reconhecem que os EUA possuem a maior rede de aliados a nível global e que os UAE são um aliado essencial dos EUA. Portanto, o confronto é preocupante e ele gostaria de uma cooperação maior entre os EUA e a China.

De acordo com o ministro, há desafios pela frente, que eles estão tentando administrar, mas que em breve pode se tornar um problema maior.

Os economistas não veem os dois gigantes chegando a um acordo comercial de fase dois em breve. Eles alertaram que as ameaças tarifárias contínuas e as tensões poderão dificultar a tão necessária recuperação econômica depois dos bloqueios devido ao coronavírus.

Os EUA e a China assinaram a fase um do acordo em janeiro. Isto acalmou a guerra comercial que se arrastava por mais de um ano. Mas os especialistas alertam que mesmo este acordo poderá ser encerrado se a relação entre os dois piorarem nos próximos meses.

Gargash está ciente disso e do seu possível impacto nos UAE, que desfruta de fortes relações comerciais com ambos os países – cuja moeda está atrelada ao USD.

Gargash disse que era um ato de equilíbrio que a maioria dos países teriam que lidar a nível global, esperando que a importante relação entre os EUA e a China se estabilizasse.



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