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Londres teme por sua falta de preparação 

O Governo britânico começou a assumir que, mesmo que consiga um acordo com a União Europeia, mal está preparado para 1º de janeiro. A partir disso, suas relações comerciais sofreram mudanças. O setor privado precisa antecipar o pior cenário, pelo menos para garantir contingências mínimas se o pacto for finalmente possível.

A logística necessária não está nem perto de estar pronta. Todos os dias surge uma nova eventualidade que sugere caos nos portos britânicos. Nos últimos dias, as filas foram motivadas pelo temor de que a atual transição do Brexit seja encerrada em 31 de dezembro sem uma estrutura formal de relacionamento com a UE. O governo britânico já afirmou que espera filas de até 7.000 caminhões no porto de Dover, no pior cenário, por conta de falta de preparação de empresas para as verificações alfandegárias que serão necessárias no próximo ano.

 

A perspectiva temerosa de um Brexit sem acordo

Um Brexit sem acordo ameaça derrubar portos, colapsar a libra britânica e desencadear problemas em vários setores a partir de 31 de dezembro.

Aqui estão algumas das consequências potenciais de um Brexit sem acordo:

Viagens

Sem um acordo específico sobre a aviação, um Brexit abrupto limitaria voos entre o Reino Unido e a União Europeia a partir de 1º de janeiro. No entanto, há a expectativa de que ambas as partes estabeleçam mecanismos de contingência para manter as conexões aéreas em qualquer cenário do setor.

Portos e alfândega

Como o Reino Unido está saindo do mercado único e da união aduaneira da UE, a partir de 1º de janeiro serão estabelecidos controles alfandegários para mercadorias que cruzem o Canal da Mancha em qualquer caso.

A UE informou que pretende realizar controles completos sobre todas as mercadorias que chegam do Reino Unido desde o primeiro dia. Enquanto Londres agendou uma entrada gradual de requisitos alfandegários, ao longo de seis meses, para tentar minimizar o atrito.

Imigração

A livre circulação de cidadãos entre os dois lados do canal terminará neste ano. Assim, aqueles que chegam ao país pela primeira vez a partir de 1º de janeiro com a intenção de residir lá devem solicitar uma permissão sob as novas regulamentações de imigração do Reino Unido.

O cartão de saúde europeu não será mais válido para visitantes britânicos que entram em países da UE nem para turistas da UE que entram no Reino Unido. Portanto, as recomendações são que viajantes obtenham seguro de saúde privado.

Quanto a estudantes, o Brexit acabaria com o programa Europeu Erasmus. Porém, o governo britânico já propôs a criação de um mecanismo alternativo de mobilidade no futuro.

Oferta e preços

Os problemas previsíveis na alfândega causam temores de escassez de alguns produtos nas prateleiras das lojas britânicas, especialmente alimentos perecíveis.

A imposição de tarifas também aumentaria o preço de muitos produtos. A rede de supermercados Tesco estima que o custo das compras na média aumentaria em cerca de 5% sem acordo. Ainda assim, o governo mantém o cálculo entre 2% e 3%.



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