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Itália ainda depende de importação de gás russo 

 

Antes da lamentável guerra na Ucrânia, a Itália e outros países europeus dependiam fortemente do gás exportado pela Rússia. Contudo, as consequências do conflito alteraram o status quo e devem movimentar mais ainda as relações entre os países do globo, que estão à procura de fontes alternativas para substituir o gás russo o mais rápido possível. 

Entretanto, a Itália continua a comprar gás da Rússia e necessita de mais seis meses de importações para reabastecer seu estoque em até 90% da capacidade. Isso se torna necessário devido a grande demanda resultante do próximo inverno, uma forma de evitar qualquer tipo de dificuldade para sua população. 

De acordo com Roberto Cingolani, ministro da transição ecológica da Itália, no momento, os estoques italianos estão abastecidos em cerca de 40%. Entretanto, uma interrupção instantânea dos fluxos de gás russo deixaria o armazenamento italiano em níveis críticos. Vale salientar que o país estoca cerca de 1,5 bcm por mês e uma suspensão de gás da Rússia deixaria a Itália com menos de 10-15 bcm no início de 2023. 

Itália e Gazprom 

A situação na Europa é bastante complicada, na semana passada, a Gazprom interrompeu o fornecimento para a Bulgária e a Polônia após eles se recusaram a cumprir as exigências russas. Entre as imposições estavam a obrigação de pagamento da commodity somente em rublos russos. 

Desde o início da guerra na Ucrânia, a Itália se apressou em aumentar as importações de gás de outros fornecedores na  tentativa de se tornar menos dependente da Rússia. O gás russo, normalmente, corresponde a 40%, ou cerca de 29bcm, de suas importações. 

Além disso, a Itália também planeja acelerar a implantação de energia renovável e limitar o aquecimento e ar condicionado em prédios públicos como uma tentativa de reduzir o consumo de gás.

O governo da Itália está trabalhando duro para melhorar a situação e reduzir o impacto dos preços nas contas de energia e gás. Sendo assim, o governo está pressionando fortemente por um teto de preço do gás em toda a União Europeia e em Bruxelas.





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