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Indústria chinesa de chips está crescendo no mercado interno

Após as tentativas dos EUA de estrangular o acesso da China à tecnologia de ponta de chips de computador, o país asiático teve que aumentar seu esforço para criar sua própria indústria doméstica de chips. 

Para isso, precisou atrair novos talentos capazes de cumprir a tarefa. Além disso, agora, tem contato limitado com aqueles que originalmente teriam assessorado a indústria chinesa de chips.

Os planos dos EUA são ainda mais extensos no futuro, pois estão planejando efetivamente cortar a China das cadeias globais de fornecimento de chips, se possível. 

Vale ressaltar que os americanos estão preocupados, principalmente, com o uso dessa tecnologia para fins militares. No entanto, isso incentivou ainda mais a China a investir em casa.

A escassez de trabalhadores é considerável para a indústria chinesa de chips. Apenas este ano, faltam cerca de 200.000 trabalhadores, de acordo com um white paper de um think tank do governo, o China Center for Information Industry Development e um grupo comercial, a China Semiconductor Industry Association.

Com esse cenário, a principal motivação tem sido aumentar os fundos para a educação na finalidade de aumentar seu pool de talentos. Assim, as inscrições para cursos universitários, tanto de graduação quanto de pós-graduação, dispararam. Pequenas escolas particulares também tiveram um aumento nas matrículas. A indústria está crescendo tão rapidamente que atraiu até mesmo profissionais de outras áreas.

Escassez na educação para a indústria chinesa de chips 

Infelizmente, apesar do evidente interesse crescente na indústria, o sistema educacional da China não está preparado para isso.

Houve relatos consistentes de especialistas e também de estudantes de que o material educacional não é avançado o suficiente em comparação aos EUA e Taiwan. 

Além disso, um estágio é uma parte essencial da indústria de tecnologia. Logo, é preocupante que mais de 60% dos estudantes chineses de engenharia de chips se formem sem um. 

Um dos principais problemas é com o sistema de incentivos que as universidades chinesas implementaram, já que tiveram um foco maior em recompensar a publicação de artigos do que em acompanhar as metodologias mais recentes. Em um campo prático, tal foco é desnecessário. No entanto, para fabricantes de chips ou laboratórios de informática, a metodologia é mais útil.

Devido a isso, Bootcamps de curto prazo estão surgindo para preencher parte da demanda. Essas escolas focam em resultados rápidos, treinando aqueles com conhecimento em assuntos relacionados e os atualizando. 

Vale notar que um estudante de graduação em ciência dos materiais, Abner Zheng, se inscreveu em tais cursos e agora trabalha em uma empresa que fabrica chips de processamento de imagem.



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