Importação de commodities na China impulsiona carga a granel

As importações chinesas de metais, grãos e outras commodities estão aumentando. A China é o maior importador de commodities do mundo, com cerca de 45% do mercado marítimo de carga seca. Como resultado, elas estão impulsionando o setor de transporte a granel no centro da produção industrial global.

Assim, as taxas diárias de frete para navios Capesize, os maiores graneleiros, aumentaram para uma alta de 18 meses esta semana em cerca de US$ 35.000. Enquanto isso, o Baltic Dry Index, que mede o custo da movimentação de commodities pelo mar, atingiu uma alta de 10 anos de 2.808 na segunda-feira.

A recuperação segue uma queda acentuada no início do ano passado. Que foi resultante de quando a produção de fábricas desmoronou no início da pandemia. Desse modo, a China agora está investindo na produção industrial para apoiar o crescimento econômico. Além disso, a demanda dos consumidores nas economias ocidentais está ficando mais forte.

Ademais, as taxas diárias de transporte para transportadores de carga seca estão entre as mais voláteis do setor marítimo. As taxas à vista muitas vezes flutuam amplamente por fatores que vão desde a mineração e a produção vegetal, até tarifas e padrões climáticos.

De acordo com Peter Sand, analista-chefe de navegação da organização de transporte marítimo, Bimco, ainda há muitos navios na água. Além disso, ele disse que a frota global aumentou 4% no ano passado com pouca demanda. Sand acrescentou que o mercado vai esfriar em algum momento em 2021.

Commodities em alta no país asiático

Segundo Hamish Norton, presidente da Star Bulk Carriers Corp., China e outras economias que importam carga seca estão se fortalecendo rapidamente.

No primeiro trimestre, o minério de ferro da China subiu 7,9%. Por sua vez, as importações de carvão ganharam 9% em relação ao ano anterior.

O milho também é uma das commodities que está em alta demanda. As taxas subiram acima de US$ 6,5 por bushel na semana passada, o nível mais alto em quase oito anos. O aumento começou depois que o escritório de Pequim do Departamento de Agricultura dos EUA anunciou que prevê que a China importe um recorde de 28 milhões de toneladas métricas do grão este ano. A gigante asiática está intensificando suas importações de grãos, pois busca reabastecer suas fazendas de suínos após um surto de peste suína mortal.