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Huawei reverterá para o Marco Zero?

A Huawei Technologies Co enfrenta outro obstáculo problemático, mesmo antes de superar um completamente.

Desde o ano passado, a gigante tecnológica chinesa lidera as notícias de tecnologia quando aconteceram sucessivas voltas de seus parceiros de negócios, trazidas por sanções “politicamente motivadas” dos EUA.

O governo Trump acusou a empresa de espionagem. Isso colocou a empresa como uma ameaça à segurança nacional para os Estados Unidos.

Hoje, o Departamento de Comércio dos EUA nega à empresa multinacional de tecnologia acesso a chips que são desenvolvidos ou produzidos com software e tecnologia dos EUA. Desse modo, cortando o link da empresa com outro componente crucial para o seu negócio de smartphones.

O departamento adicionou 38 afiliadas da Huawei em uma lista negra, restringindo as empresas dos EUA de fazer negócios com elas.

A nova regra implica que empresas não americanas não podem vender chips fabricados nos EUA para a Huawei sem uma licença especial.

Isso representa outro desafio para a já apertada posição da Huawei. Analistas preveem que a empresa tem apenas um ano de suprimento em seu estoque, apenas o suficiente para a produção deste ano.

Se não conseguir acessar os semicondutores de que precisa, um bilhão de dólares em receita está em jogo, colocando toda a sua fabricação de smartphones em risco.

O efeito da restrição nas vendas da Huawei pode ser grave, se não letal. Isso fará com que a empresa lute por conseguir fornecedores para o próximo ano.

No ano passado, a divisão de consumo da empresa, que inclui smartphones e laptops de tecnologia moderna, gerou US$ 66,93 bilhões. Isso representa 54% da receita total.

Hoje, o governo Trump esclareceu que a mudança está em linha com as preocupações de que a empresa de tecnologia esteja concedendo acesso ao Partido Comunista Chinês às informações privadas dos americanos.

 

Guerra comercial e empresas chinesas de tecnologia

Se há empresas que recebem um impacto maior da guerra comercial em andamento entre Washington e Pequim, provavelmente seriam as empresas de tecnologia chinesas.

No início deste mês, o governo de Trump emitiu uma ordem executiva que efetivamente proibirá o popular aplicativo chinês TikTok e o WeChat da Tencent nos EUA.

As negociações de alto nível EUA-China, marcadas no último sábado, foram adiadas, deixando a fase um do acordo comercial em uma situação indefinida.

Analistas preveem que a relação entre os dois países já está indo para um ponto sem retorno, e possivelmente esteja se aproximando outra guerra fria.

Pensávamos que a tecnologia moderna poderia aproximar as pessoas, porém, as sucessivas proibições e restrições sugerem o contrário.

A busca pela hegemonia mundial implica a emissão de regras que possam comprometer o acesso dos consumidores à tecnologia, colocando assim uma divisão mais significativa entre as pessoas.



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