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Guerra cambial? Trump critica Draghi, do BCE

O dólar e o euro estão tendo muita ação nesta semana, com o presidente dos EUA recriminando o presidente do BCE, Mario Draghi, via Twitter.

Na última terça-feira, o presidente do Banco Central Europeu, Draghi, disse em um discurso que estava aberto a impulsionar o estímulo monetário. Ou seja, se a meta de inflação permanecer indefinida e as condições econômicas europeias não melhorarem.

Para o banco, esse estímulo monetário poderia significar o retorno de um programa de flexibilização quantitativa. Esse método exige que o banco imprima dinheiro novo para comprar ativos como títulos do governo.  Uma alternativa é o corte das taxas de juros.

O presidente dos EUA usou o Twitter para expressar seu descontentamento com os planos do BCE.

Trump diz que o estímulo faz com que seja “injustamente mais fácil para eles competirem contra os EUA”.

“Eles têm conseguido isso por anos, junto com a China e outros”, disse Trump no Twitter.

No início, o euro perdeu 0,2% de seu ganho e foi negociado por 0,3% a menos, a $1,118, após os comentários de Draghi. Ele se recuperou um pouco depois dos comentários de Trump, mas acabou perdendo os ganhos.

Esta foi a segunda vez que o presidente Trump criticou o banco europeu por deliberadamente enfraquecer o euro para obter vantagem comercial.

BCE x Trump

Os especialistas deram sua opinião. De acordo com um deles, os comentários de Trump podem ser perigosos.

Quando uma economia tem inflação baixa por um longo período de tempo, uma moeda fraca é desejável. Porém, se duas economias tentam enfraquecer suas moedas, “as condições prévias para uma guerra cambial estão estabelecidas”.

Em uma guerra cambial, os países tentam obter vantagens comerciais diminuindo o valor de suas moedas.

Enquanto isso, Draghi disse que o BCE se concentra em manter a inflação abaixo de 2%. Ele também enfatizou que eles não visam as taxas de câmbio.

Os comentários de Draghi contrastam com suas declarações anteriores. Há duas semanas, ele disse que o banco manteria as taxas por até pelo menos meados de 2020.

Agora ele adotou uma postura mais “dovish”, enquanto sinais de fraqueza nas principais economias europeias incomodam o banco.

O banco prevê que o crescimento nos países da zona do euro será de 1,2% este ano. No ano passado, foi de 1,8%.

A desaceleração revela as preocupações iminentes com o Brexit, bem como as tensões globais.

Trump contra os Bancos

As preocupações perturbam o mercado, com Trump aparecendo disposto a iniciar uma guerra cambial contra seus principais parceiros comerciais. Isso inclui o BCE.

Trump já havia acusado a China de desvalorizar sua moeda intencionalmente para competir melhor com o dólar.

Ele também fez acusações parecidas em relação ao Federal Reserve dos EUA, alegando que o Fed estava colocando os EUA em desvantagem com a China, Europa e outros.

Ele pediu para o Banco Central dos EUA tentar fortalecer a economia norte-americana. Tais esforços poderiam incluir o corte de taxas e a volta aos programas de estímulo no modo de crise.

No entanto, Trump só ficou mais frustrado, pois parece que o Fed não atendeu seus pedidos. Na última terça-feira, ele disse que consideraria demitir o presidente do Fed, Jerome Powell.

Em geral, Trump faz uma jogada sem precedentes na história dos presidentes dos EUA, influenciando os bancos centrais dos EUA e outros.

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