Goldman contra as leis de investimento estrangeiro em ações restritivas  

Governo Japonês: O governo japonês planeja impor leis mais restritivas sobre o investimento estrangeiro em ações locais. Mas Goldman Sachs tem se oposto ao plano dizendo que será prejudicial ao mercado e impedirá a capacidade de levantar fundos. Prejudicará também as reformas do mercado de sete anos.

Na semana passada, o ministro das finanças propôs uma nova medida relacionada à segurança nacional sobre um limite de investimento estrangeiro em empresas. Os investidores estrangeiros vão apresentar quando eles planejam comprar mais de 1% em relação ao limite atual que é de 10%.

O Partido Democrata Liberal aprovou o projeto de lei. Mas antes de se tornar lei, deve receber aprovação do gabinete e de ambas as casas do parlamento. Goldman Sachs diz que a implementação do ano fiscal terá início em abril.

Entretanto, estrategistas de Goldman dizem que a implementação terá um impacto negativo substancial no mercado de ações japonês. A nova regulamentação deterá a participação do investidor estrangeiro, levando à um declínio na liquidez do mercado.

De acordo com os estrategistas de Goldman, os investidores estrangeiros são responsáveis por cerca de 70% dos volumes locais de negociação de ações. Sob a nova lei, eles enfrentarão uma carga adicional de despesas, tempo e riscos legais. Isto aumentará o prêmio do risco de investir no Japão, os estrategistas acrescentaram.

O projeto de lei visa fortalecer o monitoramento de investimento em indústrias relacionadas à segurança nacional. Visa também promover o investimento estrangeiro direto. As novas leis serão aplicadas a setores como geração de energia e comunicações e de fabricação de armas. Entretanto, as isenções serão aplicadas às compras de ativos para portifólios de investimento.

Definição de portifólios de investimento continua imprecisa

Portifólio de investimento não estará sujeito às leis mais restritivas, entretanto, o significado exato do que se enquadra na categoria permanece incerto.

Nikkei Asian Review diz que o governo planeja excluir desta lei os fundos de hedge e as companhias de gestão de ativos. Mas o jornal não citou nenhuma fonte.

O Goldman também está perguntando se as negociações em bloco maiores que 1% das ações da empresa poderiam se enquadrar no investimento de portfólio.

A iniciativa do governo japonês poderia minar os esforços para promover o investimento estrangeiro e o engajamento dos acionistas. Shinzo Abe, o primeiro-ministro do Japão, introduziu o código de administração em 2014, seguido pelo código de governança corporativa em 2015.