G7 quer rivalizar com a iniciativa de Rota da Seda da China
Os países do Grupo dos Sete (G7) decidiram montar um novo plano de infraestrutura. Com isso, eles pretendem competir com a iniciativa de Rota da Seda da China. No entanto, alguns especialistas acham que sua decisão não impedirá o grande programa de Pequim.
Assim, os líderes do G7 participaram da cúpula de três dias no sudoeste da Inglaterra. Esse foi o primeiro encontro cara a cara em dois anos. O plano de infraestrutura do grupo é parte de sua resistência coletiva contra a China. Ele é motivado por várias questões, incluindo abusos de direitos humanos no país. Bem como suas práticas não mercantis que minam a concorrência leal.
Matthew Goodman, vice-presidente sênior de economia do think tank Center for Strategic and International Studies, comentou sobre a ação. Segundo ele, a china não tem a intenção de parar a Rota da Seda. Porém, ele acha que o G7 está dando a entender que quer oferecer um plano alternativo.
O ambicioso programa apresentado pela China oferece a construção de infraestrutura física e digital. A finalidade é conectar centenas de países da Ásia ao Oriente Médio, Europa e África. Alguns analistas consideram este plano a política de assinatura do presidente chinês, Xi Jinping, para expandir a influência global de seu país.
Goodman também observou que o G7 poderia contribuir significativamente para fechar a lacuna de infraestrutura do mundo. Isso se decidir canalizar investimentos para países em desenvolvimento. Além disso, várias economias importantes têm sérias preocupações com a política chinesa. Segundo eles, esta última inclui coerção econômica, políticas não mercantis e abusos dos direitos humanos.
Como o G7 planeja executar seu projeto alternativo
As sete democracias ricas planejam trazer melhores salvaguardas aos projetos de infraestrutura. Incluindo responsabilidade, transparência e padrões ambientais e sociais.
Segundo Goodman, os países estão tentando atingir essa meta. Se eles conseguem ou não é outra história, considerando a dificuldade da tarefa.
Os EUA e muitos países têm criticado abertamente o plano da Rota da Seda. Eles acusaram Pequim de deixar os países participantes carregados de dívidas substanciais enquanto beneficiava suas próprias empresas. Por sua vez, críticos questionaram a transparência dos negócios, juntamente com os danos ambientais do programa.