Fitch rebaixa países devido a reflexo do coronavírus
Fitch Ratings está adicionando mais países à sua lista das classificações de nações soberanas rebaixadas. Isto enquanto os governos analisam suas reservas para apoiar economias com políticas fiscais e monetárias para combater o coronavírus.
A primeira metade de 2020 tem visto as maiores agências mundiais de classificação reduzir os 33 países. Mais 44 já estão com uma previsão de classificação de crédito negativa. A agência declarou que há uma “forte pressão descendente” nas classificações de crédito ao redor do mundo. 29 países foram rebaixados em abril de 2020.
Fitch alertou também que a inadimplência dos países irá atingir seu nível mais alto este ano. Ele atribuiu isto aos desdobramentos da pandemia do coronavírus, o “colapso” nos preços do petróleo como também na “fraqueza” do crédito subjacente.
“Os países mais expostos ao coronavírus e ao colapso nos preços do petróleo são aqueles geralmente com fundamentos fracos e de crédito, como altas dívidas do governo e credibilidade política fraca.” O relatório declarou.
Outros países afetados na lista incluem aqueles altamente dependentes do turismo, das exportações, aqueles com enormes exigências de financiamento e dívida estrangeira.
Mais países estão em uma lista de espera para rebaixamento
Nós temos vistos o maior número de países rebaixado na história da Fitch Ratings. Isto devido aos efeitos econômicos inesperados e prolongados da pandemia do coronavírus nas economias individuais e na economia global.
Falando durante uma entrevista, o chefe de classificações dos países da Fitch Ratings, James McCormack, declarou que os países com sua observação negativa poderão possivelmente ser rebaixados.
“Nós nunca na história da Fitch Ratings tivemos 40 países com previsão negativa ao mesmo tempo.” Ele acrescentou que “desde a sua fundação no início dos anos 90, a Fitch nunca tinha rebaixado 33 países.”
A agência acrescentou também que os esforços para controlar o coronavírus estão afundando alguns países em dívida. Isto está aumentando a probabilidade de “inadimplência dos países” este ano.
“A inadimplência dos países é relativamente rara. Fitch registrou apenas 23 inadimplências desde que começou sua cobertura dos países em meados de 1990.” Disse o relatório.
Atualmente, Equador, Argentina e Líbano não pagaram as dívidas do país de 2020. Eles estão entre os países mais afetados dependentes do turismo, petróleo, e com enorme fraqueza de crédito.
Europa e Ásia também sentirão os efeitos dos pontos reduzidos dos países. Isto enquanto o Reino Unido e Hong Kong se unem à lista de rebaixamentos concluídos pela Fitch Ratings.
A Fitch classifica um total de 119 países. Suas “posições financeiras”, de acordo com a agência, provavelmente continuarão a se deteriorar se os governos continuarem a aumentar os gastos contra o coronavírus.
De acordo com McCormack, a dívida poderá se manifestar como um superávit menor ou maior nos orçamentos individuais do governo. Poderá se revelar-se também com um aumento na dívida. No momento, a agência diz que só pode observar como os governos irão lidar com as crises da dívida. Isto somente quando as economias começarem a se recuperar dos efeitos do coronavírus.
Coronavírus irá impulsionar a dívida global para 100% do PIB Global
O alcance global do coronavírus resultou na maioria das notícias econômicas mundiais desfavoráveis desde a crise financeira de 2008. A dívida pública global subirá para sua máxima histórica em 100,1% do PIB em 2020 e 103,2% em 2021. Isto de acordo com a Fundo Monetário Internacional.
“A contração acentuada na atividade econômica e nas receitas fiscais, juntamente com o suporte fiscal considerável, tem pressionado as finanças públicas com a dívida pública global projetada para atingir mais de 100% do PIB este ano,” o FMI disse.
O FMI teve que revisar suas projeções para crescimento este ano mais de uma vez. Em seu mais recente Relatório de Previsão Econômica Mundial, o FMI declarou que a crise atual é “como nenhuma outra”. Além disso, disse que representa uma “recuperação incerta.”
“A pandemia do COVID-19 tem tido um impacto mais negativo na atividade no primeiro semestre de 2020 do que o esperado e a recuperação é projetada para ser mais gradual do que o previsto anteriormente” o relatório declarou.
O crescimento global projetado irá recuar em 4,9%, que é 1,9% a mais do que a previsão de abril. O crescimento projetado para 2021 em 5,5% representa esperança mais ainda é menor do que a projeção anterior em janeiro.
O FMI tem oferecido bilhões de dólares para ajudar os países em dificuldade a apoiarem suas economias e os seus sistemas de saúde. Em muitas partes do mundo, incluindo os países desenvolvidos, pequenas empresas têm sofrido mais. Muitas foram forçadas a fecharem para sempre. O FMI estima que as baixas rendas das famílias sofrerão o impacto dos efeitos da COVID-19.
“O impacto adverso nas baixas rendas familiares é particularmente agudo, colocando em perigo o progresso significativo feito na redução da pobreza extrema no mundo desde os anos 90.” Disse o relatório.
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