Exportações britânicas para a UE despencam 41% após Brexit
As exportações britânicas sofreram uma queda recorde, já que o Reino Unido está no primeiro mês de sua saída efetiva do mercado da UE. Além disso, as restrições causadas pelo coronavírus levaram a economia britânica a um crescimento negativo.
De acordo com dados divulgados na sexta-feira pelo Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês), as exportações de bens britânicos para a UE caíram. O total da queda é de 41%, para 5,6 bilhões de libras (US$ 7,8 bilhões) em relação a dezembro.
Embora menos, as importações de produtos do bloco também caíram, em 29%, para 6,6 bilhões de libras (US$ 9,2 bilhões).
O ONS disse que é a queda mais significativa no comércio com a UE em um mês.
A divisão entre o Reino Unido e a UE entrou em vigor em 1º de janeiro de 2021. Em 31 de janeiro de 2020, o período de transição chegou ao fim.
Além disso, o Produto Interno Bruto, que havia crescido 1,2% em dezembro, contraiu 2,9% em janeiro. Por conta também do impacto do terceiro confinamento imposto desde o Natal para combater o coronavírus.
Queda nas exportações britânicas e no comércio com a UE foi inevitável
O Reino Unido foi o país mais atingido da Europa pela pandemia, com mais de 125.000 mortes confirmadas por Covid-19. Agora ele enfrenta uma cepa muito mais contagiosa, e possivelmente mais mortal, descoberta em dezembro no sul da Inglaterra.
As restrições começaram a ser suspendidas ligeiramente na segunda-feira, apenas com a reabertura de escolas. Enquanto isso, todas as lojas, exceto as de itens essenciais, e empresas permanecem fechadas.
Boris Johnson conta com sua campanha massiva de vacinação para poder reativar a economia gradualmente até o final de junho. Até agora, já foram vacinados 23 milhões dos 66 milhões de habitantes do país.
A economia foi visivelmente impactada em janeiros. Tanto varejo, quanto restaurantes, escolas e salões de beleza foram afetados pelo último confinamento.
O setor manufatureiro também experimentou seu primeiro declínio desde abril. Como resultado, a fabricação de automóveis caiu significativamente.
O governo britânico descreveu a queda no comércio com a UE como “inevitável”. Por isso, era de se esperar que exportações britânicas sofressem uma queda. Porém, eles garantiram que o nível de comércio voltou ao normal desde então.
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