Evergrande está batalhando para se manter em pé 

A China Evergrande está tentando resolver pelo menos alguns de seus problemas. Ela está trabalhando arduamente para evitar o pior cenário, mas a situação é bastante complicada. 

Suas ações caíram 12,5% na quinta-feira, depois que um acordo para vender alguns de seus ativos para a Hopson Development Holdings fracassou. As ações dessa última subiram quase 7,6%, enquanto as ações da Evergrande Property Services caíram 8%.

Essa companhia estava negociando no início deste mês para vender partes de sua unidade de serviços para a Hopson. Infelizmente, a sua rival, a Hopson, anunciou que a negociação para comprar uma participação de 50,1% da Evergrande Property Services fracassou. A Evergrande confirmou o encerramento da operação em um processo separado. O acordo entre as duas teria valido 20,04 bilhões de dólares de Hong Kong (US$2,58 bilhões).

A China Evergrande é a segunda maior desenvolvedora do país em termos de vendas. Além disso, é a maior emissora de títulos offshore do setor. As preocupações com a capacidade da empresa de pagar suas dívidas aumentaram os cuidados com seu impacto no mercado imobiliário chines. O mercado, juntamente com as indústrias é responsável por cerca de um quarto do PIB nacional.

China Evergrande e seus problemas 

O problema do acordo com sua rival ocorre no momento em que a Evergrande se aproxima do fim de um período de carência de 30 dias. Tal período é para pagar os juros de US$83 milhões a investidores em um título offshore em dólares americanos. Se ela não pagar até sábado, entrará tecnicamente em default. 

A empresa está lutando para vender seus ativos. Por exemplo, a estatal chinesa Yuexiu Property fechou um acordo de US$1,7 bilhão para comprar o prédio da sede em Hong Kong. 

A dependência da gigante imobiliária para se expandir rapidamente foi submetida a um maior escrutínio do governo em 2020. Esse introduziu uma política de “três linhas vermelhas” para as empresas imobiliárias reduzirem a proporção de suas dívidas em relação aos seus ativos. A Evergrande violou todas as três linhas vermelhas no primeiro semestre do ano. 

As autoridades chinesas estão monitorando de perto os problemas da empresa. O Banco Central do país afirmou que a companhia é um caso individual controlável. 

Yi Gang, governador do Banco Popular da China, também fez um comentário sobre os problemas da Evergrande. Ele afirmou que a primeira medida é evitar que seus riscos se espalhem para outras imobiliárias.