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Empresas japonesas e os custos crescentes das commodities

Por causa do iene mais fraco, empresas japonesas planejam ou até mesmo já repassam o resultado do aumento no custo das commodities para o consumidor. Isso indica que as pressões inflacionárias na terceira maior economia do mundo podem estar aumentando.

De fato, 14% das empresas informaram que já repassaram os custos para a população. O país já enfrenta uma preocupação com os baixos aumentos salariais e a segurança financeira das famílias japonesas. 

Em setembro, o Índice de preços ao consumidor subiu apenas 0,1%, em comparação com uma alta de quatro décadas de 8%.

As indústrias química, automobilística e siderúrgica foram as mais dispostas a repassar esses preços. Ao passo que indústrias de alimentos, ferramentas de precisão e comunicações foram as menos flexíveis. 

Custos do combustível disparam

Custos crescentes de commodities ameaçaram os lucros corporativos asiáticos. Portanto, a inflação no atacado do Japão atingiu a máxima em quatro décadas. Isso foi semelhante ao aumento ocorrido nas fábricas da China.

As crescentes pressões nos preços, combinadas com um iene fraco que aumenta o preço dos produtos importados, agravam a situação do Japão. Isso acontece enquanto ele se recupera da queda no consumo durante a pandemia. O Índice de preços de bens corporativos mede os valores que as empresas cobram entre si por bens e serviços. Ele subiu 8,0% em outubro, superando as expectativas do mercado de um ganho de 7,0%. O crescimento superou um aumento de 6,4% em setembro. 

Os preços no atacado aumentaram para vários produtos, incluindo combustível, que aumentou 44,5% em outubro, e produtos de madeira, que subiram 57,0%.

O Índice de preços de importação no atacado baseado em ienes subiu 38,0% em outubro. Isso indica que as quedas recentes da moeda estão elevando os já altos preços das matérias-primas.

As empresas japonesas têm medo de repassar valores mais altos aos consumidores. Eles temem que famílias preocupadas com os preços cortem gastos. Como resultado disso tudo, os custos básicos ao consumidor aumentaram apenas 0,1% em setembro.

 

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