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Egito se torna o maior exportador de laranjas

O Egito superou a Espanha pelo segundo ano consecutivo nas exportações de laranja. Dentre os 1,8 milhão de toneladas de laranjas que o país produz, 1,68 milhão de toneladas são exportadas.  Isto equivale à 1 bilhão de dólares e o número tem crescido à um ritmo de 17-20% anualmente.

A laranja é o cítrico mais produzido uma vez que seu bom valor de exportação e a forte cadeia de suprimentos apoiam os pequenos agricultores. As laranjas são cultivadas em quase todo o território do Egito e a temporada de colheita dura de quatro a cinco meses. As laranjas navel dominam toda a produção do país, sendo responsável por 60%.

Brasil, Índia, China, México e os EUA são os maiores produtores do produto. E ainda, grande parte da produção dos EUA, da China e do Brasil são destinadas ao consumo interno. No caso do México, é desafiador encontrar destinos para as exportações. Consequentemente, as laranjas do Egito têm inundado os mercados ao redor do mundo. O Egito ocupa a sexta posição no mundo em produção do citrus, com quantidades chegando à 3,42 milhões de toneladas na temporada de 2018-2019.

Além disso, o Egito exportou 70 mil toneladas de limões, 35 mil toneladas de tangerina e 15 mil toneladas de toranja.

Egito tem se comprometido com os mais recentes padrões internacionais

Com tal previsão positiva para as laranjas do Egito, não é de se espantar que os agricultores do país estejam se esforçando para dedicar mais áreas plantadas e investimento para outras colheitas. O Egito se comprometeu em aplicar padrões internacionais de qualidade para a exportação, desde a agricultura até acondicionamento e exportação. O governo do Egito tem trabalhado para aumentar a produção local expandindo as terras cultiváveis, que teve um crescimento de mais de 15%. Terras disponíveis e força de trabalho mais baratas tornaram o Egito um produtor e exportador importante de laranjas e outros produtos agrícolas, como batatas, cebola, alho e uva. E ainda, a libra egípcia está depreciando. Todos estes fatores contribuíram para a redução no preço da laranja egípcia à nível mundial.

Em 2017, o Egito enfrentou problemas com a Arábia Saudita, Quênia e Sudão. Estes países baniram as exportações das frutas do Egito devido ao alto grau de pesticidas usado. Os componentes químicos violavam as normas internacionais de saúde e segurança. Desde então, o país tem feito muitas mudanças, tentando se moldar aos modelos mundiais.

Agora, as exportações de laranjas do Egito chegaram aos mercados ao redor do mundo. O citrus egípcio achou o seu caminho até as prateleiras das lojas do Uruguai, Myanmar e Japão. O Egito exportou mais laranjas para a Rússia do que todos os outros países combinados. Os países do leste europeu e a Rússia estão mostrando cada vez interesse nos produtos egípcios e turcos enquanto a Espanha está perdendo o acesso a estes mercados. Isto reflete o aquecimento das relações comerciais entre Cairo e Moscou no ano passado.



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