Dólar aumenta, enquanto o euro sofre queda

Na segunda-feira, o dólar, moeda porto seguro, foi negociado perto de uma alta de 16 meses em relação ao euro. Esse crescimento reflete a crescente preocupação com o aumento de casos de Covid-19 na Europa. No qual, a Áustria está implatando novamente a quarentena e a Alemanha considera fazer o mesmo.

Desde outubro, essa moeda esteve perto de seu nível mais alto em relação às moedas australianas e canadenses. As moedas vinculadas a commodities também estavam sob pressão de uma queda nos preços do petróleo bruto.

Na sexta-feira, Richard Clarida e Christopher Waller, funcionários do Federal Reserve, fizeram comentários otimistas, impulsionando assim, o preço do dólar. Com a rápida recuperação econômica e alta inflação, sugeriram que um ritmo rápido de redução dos estímulos pode ser apropriado.

Um fim mais precoce aumenta a perspectiva de crescimentos antecipados das taxas de juros. O mercado espera que o Federal Open Market Committee (FOMC) aumente as taxas de juros em meados do próximo ano. O Índice do dólar, que o mede em relação aos seus seis concorrentes, estava sendo negociado a 96,065, próximo à alta de 96,266 da semana passada.

Jens Spahn, Ministro da Saúde alemão, disse que a quarta onda de infecções pelo coronavírus desencadeou uma emergência na Alemanha. Além disso, ele alertou que as vacinas por si só não reduzirão o número de casos. 

As preocupações de que uma desaceleração na Europa reduziria a demanda por energia pesaram sobre o petróleo bruto. Cabe frisar que elas também afetam a perspectiva de uma liberação de estoques de emergência pelos EUA.

Outras moedas

O dólar cresceu 0,21% contra o loonie canadense vinculado ao petróleo, atingindo C$1,26575, fechando em alta na sexta-feira em C$1,2663.

Houve uma queda no dólar australiano para US$0,7234. Isso aconteceu após ele cair abaixo de $0,72285, seu nível mais baixo desde o dia 6 de outubro. O dólar permaneceu inalterado em relação ao iene, mudando a 114,03 ienes por dólar, aproximadamente no meio de sua variação na semana anterior.

O Bitcoin estava sendo negociado em torno de 58.100, consolidando-se após cair de um recorde histórico de 69.000 no início deste mês.

Já o euro caiu 0,23%, para US$1,1274, aproximando-se de seu nível mais baixo de  US$1,1250 atingido em julho do ano passado. O par EUR/USD está em declínio e provavelmente receberá a maior parte da atenção dos traders que procuram uma maneira de lucrar com as crescentes restrições e tensões da Europa.