Dólar americano subiu contra cesta de moedas arriscadas

O dólar subiu contra uma cesta de suas rivais na quarta-feira, enquanto o mercado FX esperava por comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. De acordo com rumores, ele pode retomar uma política ultra flexível.

Ao mesmo tempo, o Fundo Monetário Internacional deu um impulso às esperanças de recuperação pandêmica da Covid-19, atualizando sua previsão para o crescimento global de 2021.

Em contrapartida, os rendimentos do Tesouro caíram da noite para o dia, à medida que investidores se preocupavam com o tamanho do plano de estímulo fiscal de US$ 1,9 trilhão do presidente Joe Biden e seu possível atraso.

John Velis, estrategista macro e de FX do BNY Mellon, afirmou que a agência tomou uma posição mais neutra agora, embora ela tenha sido consistente nos últimos meses sobre o equilíbrio de riscos que permanecem para o lado negativo.

Velis acha que o presidente deixará claro que o Fed não está considerando aumentos nas taxas de juros, ou qualquer cronograma quantificado para afunilar as compras de títulos nesse caso. Jerome Powell deve falar em uma coletiva de imprensa após a reunião de política de dois dias do Banco Central terminar na quarta-feira.

No início deste mês, Powell afirmou que a economia dos EUA ainda está longe das metas de inflação e emprego do Fed. Ele também acrescentou que é muito cedo para discutir a alteração das compras mensais de títulos.

Na quarta-feira, o índice do dólar subiu 0,1%, a 90,284, na Europa. Isso depois de uma queda de 0,2% na sessão anterior.

A libra esterlina subiu para a maior alta desde 2018, a US$ 1,3753, antes de baixar ligeiramente para US$ 1,3724.

Enquanto isso, o dólar aussie caiu 0,2%, para 77,30 centavos de dólar, depois de subir 0,5% na terça-feira.

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Como o euro se saiu

O euro recuou 0,1%, a US$ 1,2146. Segundo relatórios, na terça-feira, o Banco Central Europeu (BCE) estudou se as diferenças da política do Fed estão impulsionando a moeda comum.

Jordan Rochester, estrategista de FX na Nomura, disse que provavelmente é um daqueles casos que indicam um momento “buy the dip” no euro/dólar, uma modalidade na qual os ativos são comprados depois de apresentarem uma correção de preço. A meta de preço de Rochester é de US$ 1,25 até o final de março.

Ao mesmo tempo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o Banco Central está monitorando cuidadosamente a taxa de câmbio do euro.

Lars Sparresø Merklin, analista sênior do Danske Bank, observou que eles podem achar que a inflação mais alta é mais crível nos Estados Unidos. Além disso, o euro/dólar à vista está mais próximo do setor manufatureiro global e não dos serviços europeus. Considerando tudo isso, as expectativas talvez sejam elevadas em termos de recuperação da Europa.