Dólar americano segue em tendência de baixa
O dólar americano chegou perto de mínimas de nove meses em relação ao euro na terça-feira. Além disso, a moeda também perdeu seus ganhos recentes em relação ao iene japonês.
O índice do dólar subiu 0,1%, para 102,07, contra uma cesta de seis principais moedas, um pouco acima das mínimas de 7 meses e meio da semana passada.
Ao mesmo tempo, os investidores contemplaram as perspectivas econômicas divergentes para os EUA e a zona do euro. Isso ocorreu na terça-feira, após novos dados europeus reforçarem a visão dos analistas de que a economia está sobrevivendo razoavelmente a um inverno, considerando as intensas pressões de preços.
Dessa maneira, Ray Attrill, chefe da estratégia de câmbio do Banco Nacional da Austrália, observou que os Estados Unidos não são mais o sobrevivente mais forte entre as economias globais. Attrill, ainda espera que o índice do dólar caia para 100 no final de março e a moeda comum salte para US$ 1,10.
Além disso, o Federal Reserve (Fed) dos EUA provavelmente entregará apenas mais dois aumentos de juros de um quarto de ponto para um pico de aproximadamente 5% até junho, antes de cortar as taxas no final de 2023. A agência insistiu que ainda tem 75 bps de aumentos no pipeline.
Ao contrário da queda do dólar, o euro disparou quase 0,8% na última semana. Com esse cenário, vários funcionários do Banco Central Europeu (BCE) sugeriram que impedir o crescimento da inflação provavelmente exigiria mais aumentos de taxas do que os mercados cambiais atualmente antecipam. Logo, esta notícia reforçou a moeda única.
Além de tudo, hoje a atividade empresarial da área do euro voltou inesperadamente a um crescimento modesto em janeiro. Assim como, a atividade do setor de serviços na Alemanha também se expandiu pela primeira vez desde junho de 2022, entretanto, as pressões de preços permanecem. Devido a isso, o estrategista de mercado da TraderX, Michael Brown, observou que esta notícia provavelmente seria suficiente para empurrar o BCE para mais 50 pontos-base em aumentos.
Negociação do euro e do iene
O Euro atingiu seu ponto mais alto desde abril na sessão anterior. No entanto, permaneceu estável em relação ao dólar em US$ 1,0868, caindo de um pico de US$ 1,0898.
Na segunda-feira, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o Banco Central aumentaria rapidamente as taxas de juros para conter a inflação, que está 5 vezes maior do que sua meta de 2%.
O dólar americano caiu 0,4%, para 130,19 ienes japoneses, depois de lucrar com uma alta de dois dias.
Além disso, os traders estavam esperando por uma revisão da política do Banco do Japão (BOJ), que sinalizasse o fim de seu programa de estímulo ultra fácil. Mas o banco deixou sua política inalterada e isso deu algum alívio à moeda americana.
Apesar dessas notícias, os economistas acreditam que uma mudança do BOJ ocorrerá mais cedo ou mais tarde, pois formuladores de políticas já estão mudando seu mecanismo de controle da curva de rendimento.
Moedas emergentes
O florim húngaro caiu 0,1% contra o euro na terça-feira e 0,7% na sessão anterior. Enquanto isso, investidores aguardam o anúncio do Banco Nacional da Hungria e esperam que o banco deixe sua taxa básica inalterada.
Ao mesmo tempo, outras moedas de mercados emergentes moveram-se ligeiramente contra um dólar mais fraco.
Já o índice MSCI para moedas de mercados emergentes permaneceu estável na terça-feira.
No entanto, outras moedas da Europa Central e Oriental também caíram em relação ao euro no início do pregão de terça-feira. O rand sul-africano caiu 0,4%, com os participantes do mercado cautelosos antes da decisão do Banco Central sobre a política monetária. Por outro lado, a lira turca ganhou em relação ao dólar, assim como, o rublo russo que ganhou 0,3%.
