Crise entre a Rússia e Ucrânia afeta preços do gás na Europa

Os analistas dizem que as crescentes tensões entre a Rússia e a Ucrânia afetaram negativamente os mercados de energia. Logo, os preços do gás para a Europa aumentarão.

O mercado de gás é muito restrito, não há dúvida de que uma crise iminente entre a Rússia e a Ucrânia também está pairando sobre ele, pois a Rússia fornece 35% do gás da Europa.

Segundo a empresa de pesquisa Capital Economics, os preços do gás na Europa, que atingiram recordes no ano passado, poderão subir ainda mais caso a crise piore.

William Jackson, economista-chefe de mercados emergentes da Capital Economics, fez uma breve observação. Ele percebeu que além da dependência da Europa pelo gás russo,  a oferta de estoques está atualmente baixa.

Após vários dias de debates com funcionários russos de alto escalão, os representantes dos EUA e membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não obtiveram sucesso. No entanto, eles descobriram que a situação ao longo da fronteira com a Ucrânia está terminando.

A crise iminente provocou especulações de que os EUA podem impor sanções à Rússia para impedir que o Kremlin invada a Ucrânia.

Investimento

De acordo com o Capital Economics, caso isso ocorra, os preços do gás na Europa ultrapassarão o recorde de 180 libras por MWh, que foi visto no final de 2021. 

Além disso, alguns estados que dependem do gás russo, principalmente da Europa Oriental, poderão racionar energia.

Uma enorme escassez de gás na Europa no terceiro trimestre de 2021 fez com que os preços da energia europeia chegassem a altas de vários anos.

Conforme o Jefferies Group, banco de investimentos independente americano, o fornecimento de gás russo já estava abaixo do normal.

Ainda segundo o Jefferies Group, as importações de gás da Rússia para o noroeste da Europa caíram 38% de agosto a dezembro em comparação com o mesmo período de 2018. Os estoques de gás na Europa também estão abaixo da média, caindo 21% no dia 12 de janeiro em comparação à média de cinco anos.