Coréia do Sul planeja restrições ao Google e Apple

A Coreia do Sul planeja proibir o Google e a Apple de cobrar às comissões dos desenvolvedores de software em compras realizadas no aplicativo. Esta grande barreira  econômica poderá prejudicar a lucratividade dos gigantes da tecnologia.

Na terça-feira, o comitê judiciário do parlamento e legislação planejam aprovar a revisão da Lei de Negócios de Telecomunicações, chamada de lei Anti-Google. Ela proíbe os operadores de lojas de aplicativos de obrigar sistemas específicos de pagamento.

Se este projeto de lei receber a aprovação do comitê, ele será encaminhado para uma votação final na quarta-feira. Os legisladores da Coreia do Sul começaram a questionar a estrutura de comissões dos gigantes da tecnologia no ano passado.

A Apple e o Google receberam críticas globais porque esperam que os desenvolvedores de software usem sistemas exclusivos de pagamento no aplicativo, cobrando comissões de mais de 30% nas compras na plataforma.

Visão geral

No ano passado, a União Europeia introduziu a Lei de Mercados Digitais, visando as comissões das lojas de aplicativos. A empresa criou regras para afetar as grandes companhias. Mas, alguns legisladores ocidentais são a favor de torná-las mais rígidas para atingir os gigantes americanos.

No início deste mês, um trio bipartidário de senadores propôs um projeto de lei nos Estados Unidos. Essa lei restringiria as lojas populares de softwares de empresas que exercem muito poder no mercado, incluindo o Google e a Apple.

De acordo com um relatório do governo publicado no ano passado, na Coreia do Sul, o mercado doméstico da Samsung obteve uma receita de quase 6 trilhões, assim como US$5,28 bilhões em 2019, com a Google Play Store.

O Google anunciou que reduziria sua taxa de serviço para desenvolvedores em sua app store no início deste ano. A taxa pode ficar entre 30% a 15% em um ano, após ganhar o primeiro $1 milhão em receita. A Apple fez movimentos similares.

As comissões de compras na plataforma parecem ser uma parte crucial do negócio de serviços de US$53,9 bilhões da Apple e uma despesa significativa para alguns desenvolvedores de aplicativos.