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Cobre encolhe para mínimas de três anos e meio

Os preços do cobre retomaram uma tendência descendente na segunda-feira. Eles despencaram para seu nível mais baixo em mais de três anos, se aproximando da barreira dos US$ 2 por libra.

O preço à vista do metal caiu 4,89% à US$ 2,09446 uma libra na Bolsa de Metal de Londres, registrando seu nível mais baixo desde 12 de setembro de 2016.

O preço do cobre acumula um decréscimo de 24,99% até agora no ano. Com este resultado, está se aproximando do fim do seu pior trimestre desde o período de outubro a dezembro de 2008, quando a crise econômica atingiu o mundo.

Enquanto isto, os preços em 3 meses do metal caíram 4,86% para US$ 2,0660 uma libra.

As preocupações com uma possível recessão global estão aumentando apesar dos esforços dos bancos centrais e dos governos para conterem os efeitos da pandemia sobre a economia.

Os mercados e os preços da commodity caíram acentuadamente novamente, após a rejeição legislativa do pacote fiscal dos EUA.

Cobre, o termômetro da pandemia

CESCO (Centro para Estudo do Cobre e da Mineração) afirma que uma das consequências da crise é o colapso do preço do cobre para níveis sem precedentes nos últimos anos. A demanda da China que representa metade do consumo mundial é crítica a este respeito. As fábricas ao redor do mundo foram fechadas e não está claro quando retomarão as operações.

Entretanto, os produtos que contêm cobre não vão apenas para o mercado chinês mas para o global. Muitas instalações automobilísticas fecharam na Europa e Estados Unidos e outras indústrias de manufatura consumidoras de cobre estão fechando. O cobre regula a atividade econômica global devido ao amplo espectro das aplicações finais, tanto em produtos de construção quanto de consumo.

Antes da crise, o cobre permaneceu em níveis de US$ 2,80 – US$ 2,85. Os analistas projetaram que o cobre manteria este preço durante o ano. Agora, que o preço caiu para US$ 2,12 por libra, os analistas acreditam que o mercado de cobre vai estar em depressão por um longo tempo. É difícil prever o que isto significa em termos de preço.

Políticas de estímulo fiscal e monetária adequadas não são suficientes para uma recuperação do preço. A impossibilidade de atividade produtiva e de circulação como o habitual gera considerável incerteza hoje.

É possível, de fato, cenários de surtos de contágio em campos de mineração e cidades perturbando a produção. Além disso, e com interrupções nas cadeias de suprimentos, não é descartada a falta de alguns insumos críticos para a mineração, em geral, os quais também podem impactar os volumes de produção.

Por fim, com os preços que vemos hoje, muitas operações estão no limite ou abaixo do seu ponto de equilíbrio. E esse é um cenário muito complicado.



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