Cobre cai em meio a temores com o coronavírus
Os preços do cobre caíram na segunda-feira em meio às preocupações com a segunda onda do coronavírus. A incerteza se a demanda irá se recuperar em breve ou continuará restringida por mais tempo apoiou a queda.
O cobre para três meses estava em baixa de 1,1% a US$ 5.722 por tonelada na Bolsa de Metal de Londres.
O estímulo do banco central reduziu as compras na semana passada, ajudando a impulsionar o aumento no preço do cobre para US$ 5.928, um aumento de 35% em relação à meados de março e seu nível mais alto desde o final de janeiro.
O principal nível de suporte para o cobre é US$ 5.650, onde a média móvel de 200 dias está atualmente localizada.
Demanda para a commodity diminui
Vários distritos de Pequim estabeleceram pontos de verificação de segurança e fecharam escolas. Na segunda-feira, eles ordenaram que as pessoas fizessem testes para a COVID-19 após um aumento inesperado nos casos vinculados ao maior supermercado varejista na Ásia.
E ainda, na China, as fábricas aumentaram a sua produção pelo segundo mês consecutivo em maio. Entretanto, o aumento mais fraco que o esperado sugere que a recuperação continua frágil.
As fracas exportações destacaram a pressão na indústria fabril da China, um dos principais consumidores de cobre.
Os bloqueios globais devido à pandemia do coronavírus continuaram a destruir a demanda para o cobre. Como resultado, as exportações da China contraíram no mês passado. A demanda para o cobre caiu ligeiramente, entretanto, o declínio nas importações de cobre no país tem sido mais expressivo desde janeiro de 2016.
As importações de cobre no país caíram 5,5% em maio em comparação ao mês passado, no ano passado estavam em alta de 20,8% em relação ao mesmo período.
A China Nonferrous Metals Industry Association declarou que os preços do cobre chinês podem cair com a pressão para baixo. O restabelecimento no consumo ficaria aquém da oferta no mercado doméstico, enquanto a demanda da China continua aquecida.
A oferta do mercado tem sido afetada
Várias associações dos sindicatos dos mineradores de cobre no Chile, o maior produtor do metal do mundo, se reuniram no domingo para avaliar a continuidade das operações no país. Apesar do aumento contínuo nas infecções de coronavírus, a produção não tem sido afetada.
Entretanto, a oferta tem sido afetada em outras regiões. A Hudbay não deverá abrir a sua expansão há muito tempo planejada de sua famosa mineradora Constancia no Peru por pelo menos quatro meses. Enquanto a pandemia continuar, a empresa não pode negociar com as comunidades locais. A mineradora Constancia foi fechada por dois meses e está operando agora. Entretanto, a produção exata é incerta.
Entre outros metais, o alumínio caiu 0,7% para US$ 1.573, enquanto o zinco caiu 0,4% para US$ 1.969 e o níquel perdeu 0,2% para US$ 12.640 uma tonelada.
