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Chevron falha em critério de transparência na EITI

A Exxon Mobil Corp e a Chevron Corp dos Estados Unidos não conseguiram atingir os critérios essenciais de transparência definidos pela Extractive Industries Transparency Initiative (EITI).  Essas empresas citadas têm assentos no conselho, disse a EITI na quarta-feira.

Essa associação foi criada há duas décadas e possui sede na Noruega. Seu objetivo é combater a corrupção e atualmente conta com 55 países membros.

Para combater a corrupção, ela implementa normas mundiais para encorajar a administração aberta e responsável de petróleo, gás e recursos minerais em todos os países ricos em recursos. 

De acordo com uma planilha que mostra a adesão das firmas-membro aos seus requisitos, a Exxon e a Chevron se recusaram a divulgar publicamente impostos e outros pagamentos realizados a governos em países onde operam que não são membros da EITI.

Conforme o site da empresa, a Exxon opera em países que não são membros da EITI, incluindo Qatar, Paquistão e Índia. A Chevron tem atuado em países não pertencentes à EITI, como China e Angola.

ConocoPhillips

A ConocoPhillips é outra multinacional que não registra contribuições em países não membros. Ela já operou na Líbia, Malásia e China, entre outros lugares. 

Casey Norton, porta-voz da Exxon, afirmou que a empresa cumpre toda a legislação em vigor.

O porta-voz da Chevron, Sean Comey, afirmou que a empresa defende iniciativas para melhorar a transparência da receita. Principalmente aquelas que não prejudicam as companhias impactadas ou seus acionistas.

Tal revelação pode colocar mais pressão sobre as empresas que já estão sob o olhar de acionistas, ambientalistas e legisladores por causa das emissões de gases de efeito estufa que causam as mudanças climáticas.

Isso também indica uma crescente lacuna de governança entre os gigantes do petróleo nos Estados Unidos e os da Europa. Principalmente em relação a um melhor desempenho em termos de clima e transparência.

De acordo com o grupo, as empresas baseadas na Europa, tais como a Shell e Total, divulgam publicamente seus impostos e pagamentos para países não pertencentes à EITI.

Como membros da EIT, as empresas que fazem contribuições anuais para ajudar a financiar a gestão do grupo, não precisam seguir as suas diretrizes.

Helen Clark, Presidente do Conselho da EITI, declarou em julho que o comitê de supervisão do conselho irá verificar as repercussões para as empresas que não conseguirem atingir os padrões do grupo, provavelmente em outubro.

Dodd-Frank

Clark declarou na quarta-feira que publicar os nomes das empresas que não atendem às expectativas ajudará os membros da EITI a se engajarem no assunto para aumentar a responsabilidade corporativa e a transparência. 

“Esperamos que isso promova uma ‘corrida ao topo’ para alcançá-los ou superá-los ”, ela disse. A presidente passou a dizer que é preciso trabalhar para esclarecer as expectativas.

Em abril, a Securities and Exchange Commission considerou a adoção da lei de reforma de Wall Street de 2010, conhecida como Dodd-Frank. 

Essa lei obriga as corporações de energia e mineração a divulgar os pagamentos a todos os governos estrangeiros. 

Conforme o Publish What You Pay US (PWYP-US), as empresas dos EUA que apoiam a EITI estão colhendo os benefícios por participarem dessa instituição. Contudo, elas ainda não cumprem os requisitos mínimos de adesão.

Segundo Carly Oboth, diretora interina do PWYP-US, os membros da EITI, principalmente os de seu conselho, devem garantir que a credibilidade do grupo não seja prejudicada por empresas que não são transparentes.

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