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Biden supera Trump ao intensificar ajuda direta a famílias

O presidente dos EUA, Joe Biden, e os democratas no Capitólio continuam dispostos a superar qualquer expectativa sobre seu próximo plano de estímulo, apesar das vozes alertando para os riscos de excesso e suas possíveis repercussões.

O chamado Plano de Resgate Americano, cujo projeto de lei principal chega a 1,9 trilhão de dólares, planeja aumentar a ajuda às famílias com crianças em 80% por um ano. Eles alegam que isso poderia resgatar milhões de americanos da pobreza.

Os democratas apresentaram seu plano incluindo o aumento do crédito fiscal para crianças na segunda-feira. Atualmente, o crédito é de US$ 2.000 anuais para menores de 17 anos, mas o programa prevê o pagamento de US$ 3.600 a famílias com filhos com menos de seis anos de idade e de US$ 3.000 se a criança tiver de seis a 17 anos.

Além dessa iniciativa, o próximo plano de estímulo prevê pagamentos diretos aos contribuintes de US$ 1.400 por pessoa física, além dos US$ 600 aprovados em dezembro passado e os US$ 1.200 distribuídos no primeiro semestre do ano passado, sob o mandato do ex-presidente, Donald Trump.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, apontou que uma renda anual de US$ 60.000 poderia ser um limite adequado para receber todas essas subvenções. Entre os democratas, senadores, como Joe Manchin, defendem pagamentos diretos apenas para aqueles que ganham até US$ 50.000. Por sua vez, o senador Bernie Sanders foi contra reduzir o limite de renda abaixo de US$ 75.000, o mesmo usado nas rodadas passadas.

A princípio, os pagamentos serão progressivamente reduzidos para indivíduos que ganham mais de US$ 75.000 e casais que ganham mais de US$ 150.000 anualmente. No entanto, Yellen confirmou que a administração Biden está aberta a negociar o limite de renda e sua redução progressiva no fim de semana.

Programa pode reduzir taxa de pobreza infantil da nação pela metade

Além desse impulso momentâneo à economia americana, os democratas também defendem garantir o bem-estar das famílias, por isso o aumento substancial nos benefícios fiscais por criança. De acordo com os detalhes divulgados, esse crédito se tornaria totalmente reembolsável durante o ano e deve ser distribuído em parcelas mensais a partir de julho, por meio da Receita Federal.

Richard Neal, o democrata que preside o Comitê de Formas e Meios da Câmara dos Deputados, justificou toda a iniciativa, enfatizando que a pandemia vem levando as famílias cada vez mais à pobreza.

De acordo com o Centro de Pobreza e Política Social da Universidade de Columbia, o programa de ajuda financeira de Biden reduziria pela metade a taxa de pobreza infantil do país.

Embora os republicanos tenham criticado o plano de US$ 1,9 trilhão por ser muito grande, o aumento do crédito fiscal infantil pode obter pelo menos algum apoio bipartidário. Na quinta-feira passada, o senador republicano Mitt Romney revelou seu plano de dar às famílias US$ 4.200 por criança.

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