Biden reforça plano ambiental para criar milhões de empregos

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou várias ordens executivas na quarta-feira para abordar as mudanças climáticas e a transição para uma economia de energia limpa.

Os decretos incluíam estabelecer o tópico da mudança climática como prioridade de segurança nacional. O objetivo é conservar pelo menos 30% das terras e oceanos federais até 2030, e cancelar novos contratos de petróleo e gás em terras e águas públicas.

As ações de Biden também se concentram na criação de empregos e justiça ambiental para as comunidades desproporcionalmente afetadas pelas mudanças climáticas.

Dessa forma, em coordenação com os objetivos de seu “Plano de Resgate Americano”, de 1,9 bilhão de dólares, e seu ambicioso plano de recuperação “Build Back Better” (ou Reconstruir Melhor), eles unem esforços para criar empregos relacionados à energia limpa, pilar fundamental do democrata. Mais detalhes serão oferecidos no próximo mês.

Um dos decretos exige que as agências federais tenham acesso a eletricidade sem carbono e veículos elétricos livres de emissões para criar empregos sindicais bem remunerados e estimular energias renováveis.

Tais compras devem ser “Made in America”, ou seja, de origem nacional, para estimular a produção dos EUA.

Ao mesmo tempo, as agências federais devem garantir que quaisquer empregos criados com recursos para enfrentar a crise climática sejam empregos de qualidade e dar a opção de aderir a um sindicato.

FMI considera que PIB crescerá 5,1%

O gabinete de Biden busca construir uma infraestrutura moderna e sustentável, restaurando a integridade científica no governo federal. As ordens promovem o programa do presidente para reduzir as emissões de carbono no setor elétrico até 2035 e serem emissão zero até 2050.

Tudo isso coincide com uma nova análise preliminar Fundo Monetário Internacional, que concluiu que o Plano de Resgate Americano de Biden poderia impulsionar o crescimento econômico dos EUA em 5% em três anos.

Gita Gopinath, economista-chefe da instituição, disse à Reuters que as medidas no pacote de estímulos proposto pelo democrata poderiam somar 1,25% ao crescimento dos EUA apenas em 2021. O FMI projeta que o PIB se expanda em 5,1% após a contração de 3,4% em 2020. A instituição espera um aumento de 2,5% em 2022 se mais auxílios não forem aprovados.

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Isso se soma a um número crescente de economistas e especialistas que acreditam que o plano da administração Biden é fundamental para lidar com a fadiga da recuperação.

Em uma análise paralela, a Moody’s Analytics concluiu que o Plano de Resgate ajudaria a criar 7,5 milhões de empregos em 2021. Dobraria o crescimento econômico e devolveria os EUA ao pleno emprego um ano antes do esperado. As propostas de Biden também receberam apoio da Câmara de Comércio dos EUA e da Business Roundtable, representando cerca de 200 dos principais líderes empresariais do país.