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Bancos digitais na Ásia têm dificuldades para prosperar

Aqueles que procuram entrar no espaço bancário digital na Ásia podem achar mais difícil fazê-lo agora, visto que algumas oportunidades podem ter sido perdidas na pandemia do coronavírus.

A crise impactou duramente a economia global, afetando desproporcionalmente pessoas e empresas com um perfil de mutuário mais fraco. De acordo com Tamma Febrian – diretor associado de instituições financeiras da agência de ratings, este é o segmento de clientes voltado por muitos aspirantes a bancos digitais.

Febrian declarou na sexta-feira: “Muitos deles estão citando o segmento sem banco e o segmento carente como seu principal alvo, acreditamos que a crise atual irá afetá-los desproporcionalmente”.

Em seguida, ele explicou que isso pode significar que há oportunidades potencialmente reduzidas para negociação lucrativa.

Além disso, como consequência das medidas de distanciamento social e confinamento em todo o mundo para controlar a propagação do vírus, muitos bancos vigentes começaram a melhorar suas ofertas digitais. Como resultado, as vagas para novos entrantes no mercado poderiam ser fechadas.

 

O Júri dos Bancos

No início desta semana, a Fitch observou que esse tipo de desafio afetaria mais os mercados desenvolvidos da Ásia, pois é aí que a concorrência dos bancos já é feroz. Esses mercados incluem a Austrália, Hong Kong, o Japão e Cingapura, onde há instituições dominantes.

Porém, os mercados emergentes como a Índia, a Indonésia e as Filipinas ainda oferecem as melhores oportunidades para os bancos digitais. Esses países têm baixa penetração de serviços bancários, fornecendo aos aspirantes a credores digitais uma maneira mais fácil de obter massa crítica.

Em um relatório, os países mencionados tornaram-se parte dos mais afetados pela pandemia na região. Então, mesmo a longo prazo, a infraestrutura digital atrasada pode dificultar seu potencial.

Além disso, Febrian disse que muitos aspirantes a bancos digitais projetaram seus modelos durante um ambiente econômico benigno. Assim, não está claro se esses modelos podem sobreviver a esse ciclo econômico, apesar de suas capacidades tecnológicas potencialmente mais avançadas.

Ele também explicou que a crise atual é o momento perfeito para os bancos digitais avaliarem seus modelos de negócios. E isso inclui estudar se o risco pelo qual estão passando está dentro de sua apetência pelo risco, garantindo, desse modo, que as margens recebidas possam recuperar potenciais perdas futuras.

Febrian disse: “O assunto ainda representa uma incógnita.” Segundo ele, nesse momento os bancos digitais podem lucrar com essas tendências. Mas, ainda assim, este é um mercado mais difícil para os investidores navegarem, pelo qual é preciso refinar ainda mais sua estratégia.



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