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Até que ponto o petróleo afeta os preços do gás

 

O gás atingiu outra alta histórica. De acordo com a Associação Automobilística Americana (AAA), o preço médio do gás normal sem chumbo aumentou um quarto na semana anterior para um recorde de US$ 4,86 ​​na segunda-feira. Sendo assim, um acréscimo de 59 centavos de um mês atrás e US$ 1,81 de um ano atrás.

Entretanto, depois dos aumentos no preço do gás em praticamente todas as cidades, estados e territórios, algumas más notícias estão a caminho. Pois, muitos estados estão cobrando mais de US$ 5,00 por galão. Os dez principais estados americanos mais caros para a gasolina são: Califórnia (US$ 6,34), Nevada (US$ 5,49), Havaí (US$ 5,47), Oregon (US$ 5,41), Washington (US$ 5,40), Illinois (US$ 5,40), Alasca (US$ 5,37), Washington, DC (US$ 5,06) e Michigan (US$ 5,05).

O petróleo representa mais da metade do custo de um galão de gás e os preços do petróleo permaneceram perto de recordes desde 2008.  

Contudo, os produtores de petróleo têm sido lentos em aumentar a produção após a experiência em 2020, quando empresas em todo o mundo fecharam e o consumo de petróleo despencou. 

Dessa forma, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) decidiu aumentar ligeiramente a produção de petróleo na semana passada. Dessa forma, pode ajudar a manter os preços do petróleo sob controle, mas é improvável que afete os custos do gás, visto que o refino converte o petróleo bruto em coisas que usamos todos os dias.

Indústria do gás vê uma enxurrada de mega negócios 

Apesar da recessão galopante e da queda dos preços do gás, a economia dos EUA está em um caminho de recuperação há vários meses. Logo, as tendências de negociação refletem isso. Assim, houve vários acordos de energia renovável no setor de serviços públicos durante o primeiro trimestre deste ano, o que não é surpresa.

O gás está tentando um retorno. Os meganegócios foram a aquisição de 60% dos negócios de gás e transmissão da National Grid do Reino Unido por um consórcio de investidores institucionais e a adição da South Jersey Industries pelo Infrastructure Fund. A transação inicial foi de US$ 10,5 bilhões. O segundo foi de US$ 7,6 bilhões.

Além disso, de acordo com várias projeções, os Estados Unidos estão se tornando o maior exportador de gás natural liquefeito em termos de capacidade até o final deste ano. Logo, suas exportações reais de GNL estabeleceram um recorde em 2021 e vêm aumentando, especialmente depois da invasão russa na Ucrânia.

Vale notar que isso é naturalmente positivo para o setor, incentivando novas fusões e aquisições. O problema aqui é garantir uma produção adequada de gás natural primário.

Indústria de petróleo e gás da Rússia

O setor de energia impulsiona a economia da Rússia há muito tempo. Visto que possui um quarto das reservas mundiais de gás e mais de 5% de suas reservas de petróleo bruto. Entretanto, o isolamento do país se aprofunda como resultado da invasão na Ucrânia. Portanto, a questão agora é o que acontecerá com sua indústria mais significativa.

Os principais parceiros estrangeiros BP, Shell e ExxonMobil anunciaram planos de saída. Além de empresas multinacionais de serviços nos campos petrolíferos não prometeram mais investimentos e muitos consumidores começaram a evitar o petróleo russo.

Enquanto isso, o gás continuou a fluir para a Europa e a produção de petróleo, embora decrescente, não parou. Contudo, as maiores empresas de energia da Rússia remontam o início dos anos 1990 e à queda da União Soviética, quando as reservas de petróleo e gás do país, antes propriedade exclusiva do Estado, foram divididas.

A Rosneft, empresa estatal, fundada em 1993, se beneficiou do total apoio do Kremlin ao adquirir ativos de concorrentes para se tornar o maior produtor de petróleo do país, representando 40% da produção.

Já a segunda maior, a Lukoil concordou no mês passado em comprar os negócios de varejo e lubrificantes da Shell na Rússia. O qual foi criado em 1991 a partir de três empresas estatais por Vagit Alekperov, que ainda era vice-ministro na época. 

Entretanto, a Gazprom, privatizada em 1992, domina o mercado mundial de gás, já que gerou 540 bilhões de metros cúbicos de combustível no ano passado, mais do que BP, Shell, Chevron, ExxonMobil e Saudi Aramco juntas.

 



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