Até quando os preços do petróleo irão aumentar?
Os preços do petróleo aumentaram ainda mais na segunda-feira. Com o benchmark global, o petróleo Brent se aproximou de US$80 por barril, o maior desde outubro de 2018, já que a oferta limitada alimenta um boom de petróleo.
A demanda em algumas partes do mundo está melhorando mais rapidamente do que os analistas mais otimistas puderam imaginar.
Houve um aumento de 1,73%, para US$79,44 no barril do petróleo Brent, depois de três semanas consecutivas de valorização.
Com relação aos futuros do West Texas Intermediate (WTI) nos Estados Unidos, ocorreu um aumento de 2,04%, para US$75,49 o barril, a maior alta desde julho.
Tal recente aumento levou os analistas do Goldman Sachs a elevar sua projeção de fim de ano do petróleo Brent, passando de US$80 para US$90 por barril.
Em nota aos investidores na segunda-feira, o Goldman Sachs afirmou que o atual descompasso entre a oferta e a demanda global de petróleo é mais significativo do que o previsto.
A epidemia de coronavírus interrompeu a atividade econômica mundial, abalando a demanda por petróleo bruto em abril de 2020, fazendo com que os seus preços despencassem.
No entanto, o levantamento das restrições à pandemia neste ano, a reabertura de empresas e o aumento das taxas de vacinação resultaram em uma recuperação na demanda global de petróleo bruto. Porém, o atual aumento, não se deve apenas à recuperação econômica.
OPEP +
No mês passado, interrupções relacionadas ao furacão Ida prejudicaram gravemente o abastecimento nos Estados Unidos, cancelando o aumento de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+, sigla em inglês) acordado pelos membros do bloco em julho.
A OPEP+, liderada pela Rússia e Arábia Saudita, reduziu o fornecimento no início da pandemia, no qual os preços despencaram.
Logo após os preços voltarem ao normal, eles concordaram em ir normalizando a produção aos poucos, permitindo barris adicionais no mercado global.
Divulgado na terça-feira, O World Oil Outlook da OPEP, forneceu uma prévia para onde os mercados estão se dirigindo.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), foram utilizados 99,7 milhões de barris por dia (bpd) de petróleo em 2019 no mundo, antes que a epidemia derrubasse o consumo de combustível.
À medida que a economia global melhora, a IEA estima que a demanda de petróleo voltará aos níveis pré-pandêmicos no próximo ano.
Os touros e os ursos
O que pode dar errado? Eles não descartaram a possibilidade de uma nova variedade do coronavírus mostrar que as imunizações são ineficazes e, como resultado, prejudicar a recuperação econômica.
Além disso, Goldman acredita que a corrida de touro sustentada pelo desequilíbrio da oferta de petróleo veio para ficar, pelo menos por enquanto.
O compromisso da OPEP + “com um aumento agressivamente mais rápido da produção até o final do ano iria aliviar (mas não inviabilizar) o nosso déficit esperado. Isso apenas adiaria ainda mais a recuperação do xisto”, acrescentaram os analistas do Goldman.
Eles ressaltaram que a mudança irá confirmar a natureza estrutural do aumento, dado o subinvestimento obrigatório em serviços de petróleo até 2023.
Poderá haver uma queda nos preços, caso a Rússia aumente a produção. O Cazaquistão está aumentando a produção após a reabertura de uma de suas refinarias.
A China será observada esta semana, já que os seus atuais problemas de energia podem levar a um declínio na produção.
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