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Após 20 dias, petroleiros suspendem greve na Petrobras

Em assembleias realizadas na quinta-feira, os petroleiros de greve confirmaram a sua suspensão.

As manifestações tiveram início na terça-feira no centro do Rio de Janeiro, contra a privatização da Petrobras.

Completou 20 dias nesta quinta-feira e se tornou a paralização mais importante da categoria desde os 32 dias de greves em 1995.

Os protestos começaram em frente da sede da Petrobrás. Professores, estudantes, profissionais de saúde e funcionários do estado participaram do evento.

De lá, com o apoio dos movimentos sociais, os manifestantes marcharam para a parte central da cidade. No caminho, eles seguravam placas contra o presidente Jair Bolsonaro e reclamavam contra a política de preço do combustível.

A greve foi motivada pelo anúncio das demissões em uma fábrica de fertilizantes no Paraná. Os petroleiros acusam a Petrobrás de não cumprir com um acordo coletivo ao anunciar as demissões sem uma negativa anterior.

Guilherme Boulos, coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), explicou que os petroleiros estão sendo um exemplo. Ele falou que a greve não era devido apenas às demissões no Paraná ou para garantir o emprego dos petroleiros.

Trata-se também de ter um impacto mais significativo como uma greve contra a privatização da maior empresa pública do Brasil.

Petrobras está fechando a fábrica

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) propôs a interrupção da greve. Isto aconteceu depois que o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Paraná suspendeu as demissões na fábrica de fertilizante Araucaria Nitrogenados.

A Petrobras decidiu fechar a fábrica, alegando perdas acumuladas de mais de US$ 2 bilhões. A empresa disse que as demissões não serão revertidas e que a fábrica ainda será fechada.

As negociações com os sindicatos no tribunal serão restritas aos acordos dos benefícios oferecidos para os demitidos. Durante o fechamento, a empresa usou equipes de contingência e funcionários contratados para manter as operações.

O executivo disse que eles estão preparados para enfrentar uma greve mais prolongada.

Os petroleiros criticaram o balanço patrimonial da empresa, dizendo que foi obtido com a venda de “subsidiárias estratégicas”. A EUP disse em nota que o resultado desse desmantelamento é o aumento do desemprego.

A campanha dos petroleiros contra a privatização recebeu apoio de partidos da oposição e outras categorias de servidores públicos. O presidente da Petrobras defendeu que, ao focar em operações mais rentáveis, a Petrobras terá mais dinheiro para investir e gerar empregos.

Em seu balanço, a Petrobras diz que arrecadou US$ 246 bilhões em impostos em 2019.



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