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Ações europeias em baixa antes da previsão do FMI

As ações europeias estavam mais baixas em meio ao feriado dos EUA e antes de uma reunião de Davos. Os líderes políticos e comerciais vão discutir a economia global no Fórum Econômico Mundial. O índice pan-europeu, STOXX 50, caiu 15 pontos ou 0,4%. Na Alemanha, o DAX operou 0,2% mais alto, ou 30 pontos. Além disso, na França, o CAC 40 ganhou 21 pontos ou 0,3%. O FTSE no Reino Unido perdeu 31 pontos ou 0,3%.

No final do dia, o Fundo Monetário Internacional apresentará novas previsões para a economia mundial. Em sua última atualização, o Fundo estimou um crescimento do produto interno bruto de 3,5% neste ano, superior ao do ano passado de 3,2% em 2019.

Na última sexta-feira, o diretor administrativo do Fundo, Kristalina Georgieva, disse que o acordo comercial entre os EUA e a China iria reduzir a incerteza. Tal incerteza tem pesado no crescimento econômico global.

Anteriormente, o Fundo estimou que os riscos do comércio mundial reduziriam o crescimento internacional em 0,8%.

O mercado de ações dos EUA estava fechado na segunda-feira para comemoração do Martin Luther King Day. Este feriado pode reduzir a atividade comercial na Europa.

FMI alerta para não repetir o desastre financeiro de 1920

Enquanto isto, o FMI alertou também que os países não permitam que a próxima década seja uma repetição do desastre financeiro da década de 1920.

Georgieva comparou a nova década que teve início em 2020 com os anos de 1920. Ela disse que o crescimento acelerado nos anos de 1920 terminou por fim em um “desastre financeiro,” ou a Grande Depressão. Ela disse que embora o gap entre os países tem diminuído, a desigualdade nos países está crescendo. E ainda, ela descreveu essa desigualdade como uma “coisa não muito boa.”

Georgieva deu o exemplo do Reino Unido, dizendo que os 10% principais controlam quase a mesma riqueza que os 50% inferiores.A desigualdade também estava crescendo na maioria dos países da OCDE, acrescentou.

Em maio, um especialista em pobreza disse que os cortes de austeridade no Reino Unido pioravam a desigualdade e a pobreza.

Georgieva também alertou para não tomar como certa a estabilidade financeira, acrescentando a nova variável – mudança climática – à equação.

Ela descreveu a mudança climática como um “novo impulsionador de conflitos e incerteza.” Ao mesmo tempo, ela acreditava que era importante uma nova oportunidade para a transformação econômica. Ela acrescentou também que a mudança climática afeta principalmente os pobres e mais vulneráveis.

Georgieva assumiu a posição como chefe do FMI em outubro. Ela substituiu Christine Lagarde, que está atuando agora como diretora do Banco Central Europeu.



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