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Ações da Lufthansa caem, impasse com o resgate econômico 

Na segunda-feira, as ações do mercado acionário estavam em baixa enquanto o governo alemão realizava as últimas negociações com o maior acionista do grupo aéreo. Seus acionistas estão ameaçando bloquear um resgate econômico de 9 bilhões de euros (US$ 10 bilhões) ao menos que os termos sejam ajustados.

Suas ações estavam em baixa de 5,2% enquanto o investidor bilionário Heinz Hermann Thiele se encontrava com autoridades do governo do Ministério das Finanças.

A crise do coronavírus atingiu duramente a companhia área Lufthansa. Além disso, o que promete ser uma queda prolongada nas viagens forçou-a buscar um resgate do estado para evitar insolvência.

Thiele, um bilionário de 79 anos, possui uma participação acionária de 15,5%, -3,28%, tornando-o maior acionista da companhia aérea.

 

Ele se opõe aos termos do resgate econômico que veria a Alemanha adquirir uma participação de 20% e cadeiras no conselho, diluindo os acionistas existentes. Ele propôs, ao invés disto, uma participação indireta através do Banco de Desenvolvimento do país KfW.

Thiele apontou para outras companhias aéreas europeias, incluindo Air France-KLM AF, -3.70%. Estas receberam ajuda do estado na forma de empréstimos ao invés de participações acionárias do governo. Uma participação estatal indireta através do banco de desenvolvimento de propriedade do estado KFW, +0,52% poderia ser uma alternativa para uma participação total do governo.

 

Lufthansa, uma empresa de muito sucesso antes da crise

As ações caíram na segunda-feira após uma mensagem no final da semana do CEO da Lufthansa, Carsten Spohr. Ele disse aos funcionários que menos de 38% das ações foram registradas para votar em uma reunião importantes dos acionistas. Isto deu a Thiele um poder de veto efetivo ao resgate econômico, que precisa de dois terços dos acionistas majoritários para ser aprovado.

As ações da Lufthansa também saíram do índice DAX de referência da Alemanha nas negociações de segunda-feira. Este foi um rebaixamento anunciado no início deste mês.

O grupo disse na semana passada que uma não-votação os forçariam a procurar proteção ao credor para evitar insolvência. Isto poderá possivelmente levar a pressões de ruptura no grupo. Suas outras companhias aéreas incluem Austrian Airlines, Brussels Airlines e Swiss.

Além de impor um risco significativo, um procedimento de proteção contra credores sob a lei de insolvência alemã, seria um grande constrangimento para a Alemanha como um país de exportação. Esta foi uma declaração de Ruxandra Haradau-Doeser analista da Kepler Cheuvreux.

O governo se recusou a fazer qualquer alteração no acordo complexo de resgate econômico negociado com a administração da Lufthansa e a Comissão Europeia.

O Ministra das Finanças, Olaf Scholz, participou das negociações com Thiele juntamente com o Ministro da Economia Peter Altmaier. Ele disse de antemão que esperava que as negociações produzissem um consenso por trás do acordo proposto.

Scholz disse que a Lufthansa era uma empresa de muito sucesso antes da crise. Portanto, é seu dever viabilizar a sobrevivência da pandemia da COVID-19.



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