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2022 foi desafiador para a economia sueca

De acordo com uma estimativa preliminar divulgada na terça-feira pelo Escritório de Estatísticas, o PIB da Suécia encolheu 0,5% de outubro a novembro. Ainda assim, cresceu 0,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Dessa maneira, houve poucas indicações de alerta até agora. No entanto, o aumento das taxas de juros e as consequências do conflito ucraniano desaceleraram a economia.

De acordo com dados, a produção do setor privado diminuiu 1,1% ao mês, enquanto os pedidos diminuíram 0,6%.

Além disso, nos últimos meses, houve uma piora no humor das famílias suecas devido à inflação galopante, aumento dos custos das hipotecas e preços recordes de eletricidade. Assim, em novembro, a confiança do consumidor estava quase em baixa recorde.

Vale notar que as taxas aumentaram em relação ao ano anterior, e espera-se que aumentem novamente na próxima reunião do Banco Central em fevereiro.

Segundo o Riksbank, Banco Central da Suécia, as taxas aumentarão de seu nível atual de 2,5% para cerca de 3%. No entanto, os mercados antecipam mais aperto e um topo de 3,5%.

Mais sobre a economia sueca

Para uma nação tão pequena, a economia sueca é extremamente diversificada, já que uma parcela significativa das exportações está relacionada a uma combinação de matérias-primas (agrícolas, florestais e mineradoras), seu refino (alimentício, papel e setores de metal, incluindo automóveis) e empresas de alta tecnologia.

Vale ressaltar que com a epidemia, a economia sueca está tendo um desempenho, senão fantástico, pelo menos melhor do que o esperado. 

No entanto, a lei da oferta e da demanda é o principal fator para a desvalorização da coroa sueca em relação ao dólar.  O governo sueco parou de emitir títulos do governo há cerca de cinco anos. Vale notar que estes são os principais meios pelos quais os governos podem tomar dinheiro emprestado. Entretanto, o governo sueco não precisa mais contrair empréstimos, já que pagaram quase totalmente a sua dívida. 

Antes da epidemia, o principal problema financeiro do país era descobrir onde colocar todo o dinheiro excedente do orçamento sem infringir nenhuma lei ou desestabilizar substancialmente a economia

Com esse cenário, a economia da Suécia tem um desempenho melhor do que a da zona do euro, visto que o governo administra o país com lucro. 

Enquanto isso, as taxas de câmbio dependem de uma variedade de outros fatores. Um deles é a demanda, assim, em uma nação que incorre em déficit e onde os credores em potencial estão confiantes de que receberão seu dinheiro de volta, precisará tomar emprestado sua própria moeda, o que aumenta a demanda e, consequentemente, a taxa de câmbio.

Suponha que uma nação tenha uma classificação de crédito baixa. Nesse caso, os credores ficarão menos confiantes em receber seu dinheiro de volta, resultando em uma queda na taxa de câmbio. Porém, o governo sueco atualmente não toma dinheiro emprestado, na realidade, estão lutando para encontrar um lugar para armazená-lo. Dessa maneira, o mercado tem um excesso de coroa sueca, o que faz com que a taxa de câmbio caia ligeiramente.



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